Entrevista: Pouco ou nada podemos esperar dos atuais políticos, diz Alberto Silva

Comunicador e pré-candidato a deputado federal faz panorama da política em Poços e região

O comunicador Alberto Silva concedeu uma entrevista ao site Hora Brasília. Reconhecido nacionalmente pelo trabalho realizado à frente dos canais e mídias sociais na web, Alberto Silva conta com mais de cinco milhões de seguidores e é pré-candidato a deputado federal pelo PTB. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista concedida ao site, que o Jornal da Cidade reproduz abaixo.

Como você avalia a atual situação do Sul de Minas?
Alberto Silva – Ficamos no esquecimento ao longo de 20 anos. Não existe de fato uma política séria para lutar em Brasília por investimentos que beneficiem verdadeiramente nossa região. O êxito de empresas na conquista de espaços, oportunidades de emprego e renda para a nossa região depende de força política, o que não está evidenciado, vez que Poços de Caldas e região permanecem enraizadas no modelo antigo de enxergar as necessidades da nossa gente. A população é mal defendida por praticantes da velha política, cujas ações visam apenas a perpetuação no poder, prática que a população já identificou e repudia, assim sendo, esse modelo perverso de gerir o dinheiro do público precisa e vai acabar.

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Você justifica o não crescimento do Sul de Minas a quem?
Alberto Silva – Não existe justificativa razoável para o “não crescimento” da região, sendo impossível atribuí-lo a quaisquer outros que não sejam os praticantes da velha política. Eles, até hoje, fizeram projetos pra eles! Obras e estradas foram construídas, apesar disso e não raro, ligadas direta ou indiretamente a benefícios próprios e não menos raro, com o objetivo de autopromoção e consequente perpetuação no poder. Não fosse o esforço dos cafeicultores e de determinados empresários, Poços de Caldas e região estaria vivenciando hoje um desprezo ainda maior. Pouco ou quase nada podemos esperar dos políticos que até aqui nos representaram.

Como você avalia os valores enviados pelo governo federal às cidades do Sul de Minas?
Alberto Silva – Em análise mais profunda dos fatos, considero acertada a ação do presidente. Diga-se de passagem, ele agiu de boa fé e mandou muito dinheiro para as cidades. Devemos nos perguntar incansavelmente se todo o dinheiro foi empregado corretamente em hospitais de campanha, medicamentos, efetivo combate à pandemia ou foi eventualmente desviado, de forma criminosa, para campanhas de prefeitos/políticos, benefício de empresas não qualificadas de parentes e amigos, corrupção ou enriquecimento ilícito. O presidente Bolsonaro tem bom coração, usou da coerência, lógica e agiu prontamente. Os oportunistas, por outro lado, se banquetearam aproveitando da boa vontade do chefe da nação. Tomando como exemplo a minha cidade, Poços de Caldas, estimativamente o prefeito parece ter gastado R$ 57 milhões, sendo boa parte desse dinheiro em um hospital particular, em detrimento dos hospitais próprios para a destinação dos recursos. Esse fato merece ser investigado com rigor. Em caso de confirmada a minha candidatura e se for eleito, uma das atividades parlamentares prioritárias como deputado federal será cobrar a prestação de contas para cada centavo do que foi gasto indevidamente. O dinheiro público é do povo, não sendo admissível sua utilização para alimentar os praticantes da velha política. Os sabotadores do bem público terão que dar conta e serão responsabilizados.

Estamos em iminência de uma nova onda de Covid-19. O que faria se estivesse no poder?
Alberto Silva – Tudo para não deixar fechar comércio, escolas, igrejas ou limitar o trabalho. Não trabalharia com achismos. O povo já sofreu e sofre demais por culpa, omissão e corrupção de governantes inescrupulosos. Sou 100% contra o fechamento irresponsável das coisas. “…Relembremos, em um primeiro momento: “Quanto custa uma vida? Vamos comprar, o preço das vacinas é irrelevante, para não muito tempo depois tentarem acusar o governo de analisar propostas com preços abusivos que sequer foram concretizadas…” O trecho entre aspas acima é um sonho ou aconteceu de fato? O mundo passará por crises e não poderemos viver sob o domínio do medo e à mercê da indústria farmacêutica. Nós controlaremos as pandemias ou permitiremos que elas nos controlem? O mundo está sendo preparado para vivermos sob o jugo das pandemias e dependência do esquema vacinal/remédios, prova disso será observar a proliferação de farmácias nas esquinas. O povo precisa se conscientizar e fazer o melhor para cuidar da saúde, isso é diferente de procurar o médico quando sentir falta de ar. Não podemos ser reféns, nem do medo, nem da “injustiça” e menos ainda de políticos inescrupulosos, parlamentares omissos, covardes e eventualmente compromissados com os próprios erros.

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Você hoje tem uma grande proximidade com presidente, ministros e governadores. Até que ponto isto ajuda?
Alberto Silva – Sem dúvida que o bom diálogo ajuda. Busco apoiar as boas iniciativas vindas do presidente, governadores alinhados e mesmo as dos opositores, sempre priorizando o bem do Brasil. Para se ter uma ideia, na minha cidade o prefeito e vários outros políticos não mantém diálogo com o governador Zema e nem com presidente Bolsonaro, por isso não conseguem governar pelo bem do o povo. Eles fazem, como já disse, um governo voltado para o próprio projeto de poder. Felizmente, tenho uma proximidade muito grande com governos e isso agrega muito valor. É primitivo, para dizer o mínimo, considerar um governante como inimigo a ponto de não se permitirem mutuamente o diálogo, pois quem sai perdendo é o povo.

Poços de Caldas e região tiveram grandes nomes da política em importantes cargos, vários ainda poderão estender apoio a outros candidatos. Como você vê isso?
Alberto Silva – Eu ainda não sei se serei candidato, depende de um longo caminho a percorrer, tendo-se em conta que o partido ao qual me filiei, o PTB, está avaliando diversos cenários. Poços de Caldas tem vários nomes bons que permanecem atuantes e solidários a outros na política. O próprio presidente do PTB na cidade me recebeu muito bem, estendendo ainda o apoio de todo partido à minha candidatura. Há pessoas que são importantes, conservadores em defesa de uma cidade bonita, com o objetivo de transformar a região em um polo atrativo, promovendo a prosperidade, o aquecimento do turismo, pensando e trabalhando para construir uma região avançada. Muitos outros, na contramão do progresso, nunca ou pouco fizeram para o povo, fizeram para eles próprios e seus “amigos”. Vamos aposentar os malandros da política que atuam de forma perversa em nossa região. O cenário se abre como uma grande oportunidade para novas pessoas, sem padrinhos políticos, sem manchas em suas vidas pregressas. Alguns “apoios” devem ser dispensados de longe, logo, não quero estar perto de pessoas envolvidas com escândalos na saúde, com máfias, corrupção, desvio de dinheiro entre outros. A esses vamos conceder generosamente o nosso veto, repito, para que se aposentem e permitam que políticos honestos trabalhem para o povo.

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O que esperar do Alberto Silva como deputado?
Alberto Silva – Reitero, ser deputado depende em princípio de ter o nome aprovado em convenção partidária. Em se consolidando minha candidatura e posteriormente conseguindo ser eleito pela vontade popular, trabalharei pelos habitantes das cidades de minha região, colocando-os na condição de patrões que lhes é de direito, ou seja, todas as minhas ações em conjunto com uma equipe técnica a ser escolhida criteriosamente, serão destinadas a promover o bem estar das cidades da minha região, isso com integridade, determinação e com destemor. Até mesmo os que não me confiarem o voto perceberão que o gabinete do deputado federal Alberto Silva estará a serviço da coletividade regional, de forma a servir de exemplo e motivar outros a se tornarem servidores dignos dos votos que receberam. A saúde sempre foi utilizada como moeda eleitoral e de repente, diante de um cenário pandêmico descobrimos que a “saúde” estava sucateada. Isso precisa e será encarado de forma diferente, preventivamente quando for exigido. Por exemplo, por que o carnaval foi admitido de forma irresponsável quando já se sabia de casos confirmados da doença? O jogo sujo sempre prosperou sobre a desgraça alheia, chegando-se ao cúmulo de surgir oferta em minha cidade para construção de um Hospital do Câncer além de outras promessas eleitoreiras. São nojentos fazendo o que sabem fazer, o jogo sujo de sempre. Se candidato e eleito for, trabalharei incansavelmente em leis para “acabar” com a mamata política. O custo Brasil com salários de vereadores, prefeitos e funcionários de carreira é assustador. Por que não uma lei para expurgar salários exorbitantes? Imagine por exemplo em Poços de Caldas um funcionário público perceber R$ 50 mil por mês. Os barões amigos do rei precisam ser aposentados para dar lugar e oportunidades a novos servidores públicos imbuídos de motivação para servir o povo ao invés de ser servido por esse mesmo povo. É hora de mudar as leis, o foco e os valores.

Você acredita que seus seguidores das redes sociais irão lhe apoiar na campanha?
Alberto Silva – Meu trabalho à frente dos diversos canais e mídias sociais não teve como motivação transformar audiência em votos, ao contrário, fui incentivado pelos seguidores que compartilham de minhas ideias a entrar para a vida política. Eu trabalho com marketing digital, sempre estive na web vendendo diversos produtos e compartilhando minhas opiniões sobre o cenário político. Penso que o alinhamento natural de ideias e valores morais criaram o desejo de que eu possa representar uma parcela de cidadãos com os mesmo valores e anseios. Hoje em todas as redes tenho cerca de 5 milhões de seguidores e uma boa parte é da minha querida Minas Gerais, ou seja, cerca de 400 a 500 mil seguidores fiéis. Compartilhamos ideias, posicionamentos e opiniões políticas. Se eu for candidato, no momento certo vou conversar com eles, acredito que tudo pode acontecer. Penso no Brasil acima de tudo com as bênçãos de Deus.