Em junho, produção industrial permanece estável


A produção da indústria brasileira se manteve estável em junho. É o que diz o levantamento Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostra que no sexto mês de 2022 o índice foi de 50,1 pontos.

Em uma escala que varia de 0 a 100, resultados abaixo de 50 indicam queda, enquanto valores acima significam crescimento.

Ao todo, a pesquisa analisou 1.853 empresas de todo o país, das quais 730 são de pequeno porte, 660, de médio porte, e outras 463, de grande porte. Na edição anterior, em maio, o estudo havia apontado um índice de produção de 53,6 pontos.

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Enquanto isso, o nível de empregabilidade na indústria acompanhou o impulso produtivo e apresentou ligeiro crescimento, atingindo 50,8 pontos. Já no mês de maio, o índice foi de 50,6.

Paralelamente, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve em 70% em junho. Isso significa que o uso de maquinários e equipamentos do parque industrial no sexto mês deste ano superou a média da série mensal, divulgada desde 2011, que é de 67,8%.

Outros índices, como as expectativas de demanda e de emprego para julho de 2022, alcançaram 59,6 e 53,2 pontos, respectivamente. Enquanto o primeiro representou o maior valor desde setembro de 2021, com crescimento de 0,5 ponto em relação ao mês anterior, o outro foi o único que sofreu redução na comparação com junho, perdendo 0,2 ponto.

Diante desse cenário, a intenção de investimento na indústria brasileira caiu de 56,4 para 55,9 pontos em julho. Apesar de ser o menor resultado desde maio de 2021, quando atingiu 55,8 pontos, a CNI reforça que o índice segue elevado, ainda acima da média histórica de 51,2 pontos.

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Indústria gera 35 mil empregos em 2020
Apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19, a indústria nacional gerou 35.241 vagas de trabalho em 2020, número 0,5% superior ao registrado um ano antes. Os resultados foram apresentados na Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando analisada a última década, no entanto, o saldo empregatício é negativo. Se em 2010 havia 8,7 milhões de trabalhadores no setor, dez anos depois esse número era de 7,7 milhões – ou seja, um milhão a menos. Ao longo do período, mais de 9,5 mil empresas fecharam as portas, fator preponderante para essa queda. Além disso, o salário médio caiu de 3,5 para 3 salários mínimos.

O relatório do IBGE aponta que a diminuição de empregos entre 2011 e 2020 aconteceu fortemente nos setores de confecção de vestuários, calçados, acessórios, artigos para viagem, couros e metal, que lidaram com mudanças estruturais provocadas pela evolução tecnológica, forte concorrência externa e dependência do consumo interno. Somados, esses segmentos sofreram 530,7 mil cortes.

Em 2020, o Brasil contava com 303,6 mil indústrias ativas, com pelo menos um funcionário. De janeiro a dezembro, foram pagos mais de R$ 308,4 bilhões em remunerações.

O faturamento bruto total do setor no período foi de R$ 4,3 trilhões, entre vendas de produtos e prestações de serviços. Já a receita líquida foi de R$ 3,970 trilhões no primeiro ano da pandemia.