Cultivo de dendê recupera áreas degradadas na Amazônia
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A recuperação de áreas degradadas da região Amazônica com o plantio da palma de óleo, também conhecida como dendezeiro, vem gerando emprego e renda para a população local.
Um exemplo é a operação do Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira que atua no agronegócio sustentável desde o cultivo da palma de óleo, produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia elétrica renovável.
Recentemente, a empresa entrou no setor de biotecnologia com objetivo de desenvolver produtos para atender diversas indústrias que atuam nos setores farmacêutico, de cosmético, alimentos, higiene e limpeza.
A unidade de negócios – BBF BioTech – visa substituir produtos petroquímicos por insumos renováveis produzidos a partir de óleos vegetais cultivados pela na região amazônica.
A BBF cultiva mais de 75 mil hectares, em áreas degradadas da Amazônia que seguem o Zoneamento Agroecológico da palma de óleo, conforme o Decreto 7.172 do, Governo Federal, de 2010, que visa recuperar áreas desmatadas até dezembro de 2007.
A companhia produz anualmente mais de 200 mil toneladas de óleo de palma e oferece uma alternativa econômica sustentável à região amazônica e incentiva mais de 450 agricultores familiares no estado do Pará.
O cultivo da palma de óleo captura anualmente mais de 463 mil toneladas de carbono da atmosfera e a geração de energia renovável da BBF, realizada a partir de biocombustíveis, retira mais de 106 milhões de litros de diesel fóssil da Amazônia.
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Na primeira unidade da BBF BioTech, localizada em Ji-Paraná, no estado de Rondônia, serão produzidos dez tipos de insumos renováveis, que além de utilizados em produtos de higiene pessoal, limpeza e cosméticos, podem ser empregados em formulações de produtos para a agricultura ou como solventes industriais.
Dentre suas propriedades estão biodegradabilidade, baixa fitotoxidade, baixa irritação dérmica e ocular. Os insumos serão produzidos e testados de acordo com as principais referências técnicas de controle de qualidade disponíveis no mercado.
O investimento da nova planta em Rondônia é de aproximadamente R$ 33 milhões e sua capacidade instalada de produção é de 3 mil toneladas/mês.
Alinhada com a visão de longo prazo da Companhia, uma segunda planta industrial da BBF BioTech está em construção em Manaus (AM), com inauguração prevista para o segundo semestre de 2023.
O investimento nesta segunda unidade será de cerca de R$ 90 milhões. Sua capacidade instalada, na primeira fase do projeto, também será de 3 mil toneladas/mês, dobrando a capacidade produtiva total da BBF BioTech e permitindo o crescimento do portfólio de produtos disponíveis.
Sustentabilidade do cultivo ao uso
A companhia possui um modelo de negócio verticalizado, desde o cultivo sustentável até o desenvolvimento de insumos para atender diversas indústrias do mercado.
A “AmazonBio Care” reforça o compromisso da BBF no desenvolvimento socioeconômico e preservação ambiental da Amazônia, além do investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Com o objetivo de promover a inovação no setor, o Grupo BBF estabeleceu parcerias com os principais centros de pesquisa universitários do Brasil, como UNICAMP, IPT e USP. A companhia registrou, somente em 2022, onze patentes aplicadas nas áreas de cosméticos, limpeza, farmacêutico, alimentícia e biocombustíveis.
“Com a nossa nova unidade de negócios, o Grupo BBF reforça o compromisso de investir em inovação com sustentabilidade na Amazônia. A BBF BioTech trará insumos renováveis produzidos a partir de óleos vegetais da região Amazônica”, comenta o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall.