Consumo de espumantes cresce no Brasil em 2022
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O espumante caiu no gosto dos brasileiros. Segundo dados da Ideal Consulting, empresa de inteligência de mercado referência no segmento, o espumante brasileiro apresentou crescimento de 2% nas vendas no ano passado e os importados registraram acréscimo de 28%, se comparados a 2021.
A pesquisa apontou também uma retração no mercado de vinhos. Segundo a empresa, no Brasil foram movimentados 438,8 milhões de litros no ano passado, volume que representa uma redução de 10% sobre o total comercializado em 2021.
“O consumo de espumantes e champagnes no Brasil tem se tornado cada vez mais popular ao longo dos anos”, avalia Danilo Bianculli, Sócio-fundador da Elite Vinho. “Ainda que sejam tradicionalmente associados a celebrações e ocasiões especiais, é perceptível uma tendência de desmistificação dessas bebidas, sendo cada vez mais consumidas no dia a dia e em casas noturnas”.
Normalmente, as épocas de maior consumo coincidem com o final do ano, durante as festas de Natal e Ano Novo, e também em datas comemorativas como o Dia dos Namorados e aniversários.
Diferença entre espumante e champagne
Apesar de todo champagne ser tecnicamente um espumante, nem todo espumante pode ser chamado de espumante. A principal diferença entre as bebidas reside na origem. O nome “Champagne” é protegido por uma denominação de origem controlada e só pode ser usado para os vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, na França.
“Eles são produzidos a partir de três variedades de uvas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, seguindo o método champenoise ou tradicional, que consiste em uma segunda fermentação da bebida dentro da própria garrafa”, explica Bianculli.
Já o termo “espumante” é usado para descrever qualquer vinho que possui uma quantidade significativa de gás carbônico, resultante de uma fermentação natural. Espumantes podem ser produzidos em diferentes regiões do mundo e através de diferentes processos como, por exemplo, o método charmat que realiza a segunda fermentação em tanques de aço inoxidável, antes de o vinho ser engarrafado.
“Apesar das diferenças de origem e método de produção, a qualidade de um espumante não é necessariamente inferior à de um champagne. Há espumantes de excelente qualidade produzidos em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, que vem ganhando reconhecimento internacional, especialmente os da região da Serra Gaúcha”, finaliza Bianculli.