Conheça a história de Cris Zanata, que trocou carreira internacional por movimento de generosidade alterista

Instituto desenvolve estratégias que tem como foco a equidade no mundo corporativo

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Nascida em São João da Boa Vista (SP), Cris Zanata construiu uma carreira sólida, chegando a atuar como diretora global de logística de uma empresa de energia renovável na Espanha.

Em 2020 decidiu seguir novos caminhos e criou o Instituto de Alterismo do Brasil (InsAB), que tem como foco a Cultura da Generosidade Alterista (com limites) e a equidade de gênero como ferramenta de inovação social.

Começou sua carreira aos 18 anos, quando se mudou para São Paulo para estudar Administração com ênfase em Comércio Exterior.

Em 2015 aconteceu a grande virada, quando foi contratada por uma empresa espanhola para desenvolver um projeto para a sua filial no Brasil.

Em 2018 foi convidada para assumir a diretoria global de logística dessa empresa, com a possibilidade de morar na Espanha. A profissional conta que com o novo cargo, veio a responsabilidade de gerir centenas de pessoas espalhadas pelo mundo.

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“Eu estava passando por um processo de repensar o meu lugar como agente de transformação na empresa e ao assumir essa responsabilidade percebi que a minha generosidade sem limites estava impactando diretamente a minha saúde mental e emocional, repercutindo nos meus resultados como profissional”, explica Zanata.

Em 2020, decidiu que era o momento de sair da empresa e ampliar os seus conhecimentos, direcionando seu foco para os estudos em inovação social focada em generosidade, equidade de gênero e diversidade, iniciando o seu mestrado na Universidade de Oviedo na Espanha. Em dezembro de 2023 irá apresentar sua tese para a conclusão do curso.

Após identificar uma relação entre gênero e generosidade dentro das organizações, Cris Zanata iniciou um projeto que, a princípio, tinha o objetivo de ajudar as mulheres a colocarem limites na generosidade e olharem para seus próprios interesses profissionais e pessoais.

Ao analisar os questionamentos e desafios destas mulheres e verificar que era preciso gerar uma cultura organizacional que visa a construção de ambientes seguros, saudáveis e generosos com pessoas engajadas em ações de diversidade, equidade e inclusão, descobriu um nicho de atuação e criou o InsAB.

“Com estes estudos, percebi que a generosidade alterista poderia ser uma ferramenta de inovação social para geração de resultados relacionados às ações de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Identificamos que muitas empresas não alcançam resultados em seus indicadores porque o ambiente não está preparado para receber projetos de DEI e as pessoas não estão engajadas no movimento, gerando um custo elevado e um baixo retorno financeiro e/ou organizacional e reputacional”, finaliza Cris.