Chance de morte por covid-19 é cinco vezes maior para não vacinados
Desde o início da pandemia, 62.015 pessoas morreram por causa do coronavírus em Minas Gerais
As chances de morrer vítima da Covid-19 em pessoas não vacinadas chegam a ser cinco vezes maiores que as de quem tomou a primeira dose de reforço (terceira dose) da vacina contra a doença.
O alerta foi feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 24. Na oportunidade, foram apresentados dados sobre a situação da pandemia no estado, das demais doenças respiratórias e das campanhas de imunização.
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Hoje, o total de casos confirmados em Minas Gerais é de 3.572.319 desde o início da pandemia, em março de 2020. De lá para cá, 62.015 pessoas morreram por causa do coronavírus.
Segundo o boletim apresentado nesta sexta-feira, nas últimas 24 horas foram 14.029 casos confirmados e 99 óbitos.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, hoje ainda há dados represados por conta do feriado prolongado de Corpus Christi, na semana passada e também por causa da instabilidade no sistema do Ministério da Saúde, que chegou a ficar fora do ar.
“Temos um aumento de casos de covid-19, mas muito longe do que vivenciamos em janeiro e fevereiro com a ômicron. Vamos lembrar que estamos vivendo, de novo, um aumento de casos da sazonalidade, mas vinculados à ômicron ou alguma subvariante dela, mas nossa curva de óbitos ainda é muito baixa. Estamos cada vez com uma menor relação entre casos, internações e óbitos, fruto do sucesso da vacinação”, destacou o titular da pasta.
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“Nós esperávamos esse aumento sazonal, não estamos vivendo uma quarta onda por uma cepa nova, o que estamos vivendo agora é um aumento de casos respiratórios comum desta época. Há uma expectativa de que o pico dessas doenças respiratórias, especialmente das crianças, já passou. A gente percebe que mesmo com essa queda a gente tem alguns casos mais graves de crianças vinculados a outras doenças”, ressaltou Baccheretti.
Após apresentar esses dados, o secretário de Saúde de Minas Gerais destacou que, apesar da letalidade da Covid-19 ter diminuído com a variante ômicron, a relação da vacinação com a probabilidade de mortes é evidente.
“A proporção da população não vacinada em relação a quem tomou pelo menos a primeira dose de reforço (terceira dose da vacina): nós estamos falando em cinco vezes mais chances de essa pessoa ir a óbito. Então, quem não tomou a vacina, a chance de morrer é muito maior do que quem tomou pelo menos a primeira dose de reforço. Em quem não tomou a dose de reforço a proporção é quase três vezes maior. Vale sempre falar isso. Temos que tomar o primeiro reforço e o segundo reforço (quarta dose) que está garantido a partir de 40 anos. A pessoa que não tomou a vacina está correndo um risco de pelo menos cinco vezes a mais de morrer da covid-19. Não tem motivo para não tomar a vacina”, enfatizou.
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Houve uma melhora nos índices de vacinação em Minas Gerais nos últimos meses. Em maio, dos 853 municípios mineiros, 260 apresentavam cobertura vacinal da dose de reforço contra a covid-19 superior a 70%.
Em junho, já são 351 municípios que alcançaram esse índice. Em relação às crianças, mais de 70.26% receberam a primeira dose da vacina, mas a segunda dose pediátrica foi aplicada em 44.91%.
O secretário de Saúde de Minas explicou o trabalho da pasta para melhorar cada vez mais os índices nos municípios.