Chalé Christiano Osório é tombado como patrimônio cultural

Edificação é considerada um marco na paisagem urbana de Poços de Caldas

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A preservação da memória histórica e arquitetônica de Poços de Caldas ganha um importante reforço com o tombamento definitivo do Chalé Christiano Osório.

O decreto n.º 14.620, sancionado pelo prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), aprova o reconhecimento oficial do imóvel como patrimônio cultural do município. Localizado na Rua Aquidauana, 107, no bairro Jardim dos Estados, o chalé é considerado um marco na paisagem urbana devido às suas características arquitetônicas e relevância na história local.

O processo de tombamento foi conduzido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas (CONDEPHACT), sendo aprovado em sua 232ª reunião ordinária, realizada no dia 2 de outubro de 2024.

O dossiê de tombamento, elaborado conforme a Portaria IEPHA-MG Nº 34/2024, define as diretrizes para a preservação do imóvel e de seu entorno.

O Chalé Christiano Osório se destaca por representar um exemplo típico da arquitetura chalé, comum em Poços de Caldas no início do século XX, quando a cidade se consolidava como um dos principais destinos turísticos e de lazer do país.

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Com áreas ajardinadas ao seu redor, a edificação mantém-se isolada ao centro do lote, preservando suas visadas para a cidade e a Serra de São Domingos.

O tombamento reconhece a necessidade de preservar não apenas o edifício, mas também seu entorno, evitando que novas construções, como torres residenciais, possam alterar as características originais do bairro e impactar negativamente a paisagem consolidada ao longo dos anos.

Qualquer intervenção no imóvel ou no perímetro tombado deve ser previamente autorizada pelo CONDEPHACT, assegurando o respeito às características originais do chalé.

Entre as diretrizes de preservação estabelecidas no decreto, estão a manutenção dos elementos decorativos em madeira, como lambrequins e guarda-corpos, a conservação da pintura artística das portas e o cuidado com o telhado original, de telhas do tipo francesa.

O uso do imóvel também será restrito a atividades compatíveis com sua tipologia, visando garantir que o chalé continue preservado e em condições de manter sua relevância histórica e arquitetônica.

Além disso, o piso de marchetaria nas salas deve ser mantido, com possíveis intervenções sendo realizadas com a devida autorização e supervisão de profissionais qualificados.