Alto custo do VAR afasta Caldense de jogar semifinal em Poços

Caldense e Atlético farão as duas partidas das semifinais no Mineirão

A Caldense consultou a Federação Mineira de Futebol (FMF) para verificar a possibilidade de implantação do VAR em Poços de Caldas, para receber o jogo com mando de campo da Veterana na semifinal do Campeonato Mineiro 2022 diante do Atlético-MG, nesta quarta-feira, 23.

O clube foi informado que os custos para homologação do árbitro de vídeo no Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira são altos, dentro da realidade do orçamento disponível. Além disso, havia pela frente um curto prazo para instalação e testes necessários dos equipamentos e câmeras junto à IFAB (International Football Association Board), sem contar o tempo de emissão da documentação necessária.

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EXIGÊNCIAS
Para a realização de grandes eventos como a semifinal do Campeonato Mineiro, são muitos procedimentos, determinações e exigências a serem seguidas.

O Athletic, por exemplo, que também irá disputar a semifinal, fez o investimento de implantar o VAR no Estádio Joaquim Portugal, em São João Del Rei.

Porém, conforme nota divulgada pelo Athletic, o sistema de iluminação do estádio foi avaliado como insuficiente para atender as necessidades de visibilidade do árbitro de vídeo e o Athletic teve de transferir seu mando de campo para o Mineirão, em Belo Horizonte.

Na tentativa de encontrar uma solução, a Caldense fez contatos com empresas e instituições da cidade para buscar apoio financeiro, mas com o pouco espaço de tempo até a semifinal, o valor considerável do investimento e o risco de o sistema ser reprovado nos testes de homologação, a diretoria do clube passou a buscar alternativas.

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OPÇÕES
Verificou-se a possibilidade de transferir o jogo para o Estádio Dilzon Melo em Varginha, mas o custo do aluguel do estádio e a necessidade de fazer a atualização do sistema de árbitro de vídeo, já presente no estádio, inviabilizou a ação.

O Estádio Manduzão, em Pouso Alegre, também foi sondado, mas enfrentaria as mesmas dificuldades do Ronaldão em relação à instalação do VAR. Desta forma, a diretoria alviverde teve de recorrer ao “Plano C” e se mobilizar para mandar o jogo em Belo Horizonte, onde já existe o VAR em funcionamento.

Apesar de não ser o desejo do clube, que preferia realizar a partida em Poços junto à sua torcida, Belo Horizonte surgiu como uma solução para os impasses. De início, a intenção era realizar a partida na Arena Independência, pois os custos de locação são menores do que o Mineirão.

Entretanto, a diretoria alviverde foi surpreendida quando recebeu a informação de que o contrato de concessão da Arena Independência com a empresa que gerenciava o estádio havia acabado de ser rescindido e com isso haveria empecilhos para realizar o jogo no local.

Tanto é que por esse motivo o confronto entre América-MG e Tombense no fim de semana aconteceu no Independência com portões fechados.

A diretoria da Veterana então manteve conversas com diversas autoridades na tentativa de obter autorização para poder atuar com público na Arena Independência, mas em razão de inúmeros trâmites e dificuldades burocráticas, isso não foi possível e o confronto passou a ser direcionado para acontecer no Mineirão.

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DEMANDA NÃO ATENDIDA
A Caldense indicou o horário de quarta-feira às 21h30 para o duelo, porém a FMF acatou a decisão da Globo Minas, detentora dos direitos de transmissão, e marcou a partida para quarta-feira, às 16h30, o que gerou insatisfação da Caldense, justamente por ser um horário que desfavorece a presença de público e, como consequência, aumenta a chance de a receita do jogo apresentar um déficit. Com a falta de alternativas e o tempo passando, a solução foi aceitar mandar a partida no Mineirão.