Bastidores 26/02/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.
PÉ FRIO
O prefeito Sérgio Azevedo esteve em Brasília na quinta-feira em reunião com Paulo Maiurino, diretor geral da Polícia Federal com o intuito de trazer para Poços de Caldas um posto de emissão de passaportes. Nessa sexta-feira, Paulo Maiurino foi exonerado e substituído pelo delegado Márcio Nunes de Oliveira. Que mico, hein?
MAIS UM FACTOIDE
O prefeito Sérgio Azevedo anunciou em evento no Palace Hotel, com presença da imprensa, que o Teleférico voltará a funcionar no dia 1º de julho aos cuidados da Administração Municipal. Qualquer gestor sério jamais faria isso. Portanto, surge mais um factoide deste governo que, assim como tantos outros, se perderá no tempo.
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AOS FATOS 1
Não é prudente fixar uma data para que o Teleférico volte a funcionar através da gestão municipal. Muito menos uma data para que os demais equipamentos turísticos sejam entregues à concessão privada. No caso da concessão, o motivo principal é que, mais uma vez, este processo está parado na fase interna de elaboração de edital. Esse caminho já foi percorrido por diversas tentativas. Todas sem sucesso até o momento. O que por si só já demonstra grande incapacidade da gestão em lidar com o assunto.
AOS FATOS 2
Já decisão do prefeito Sérgio Azevedo em reativar o Teleférico, por incrível que pareça, está correta. O problema é que ele demorou muito tempo para tomar essa decisão. Entre essa decisão e o início da operação do sistema ainda haverá a preparação de um relatório e avaliação da comissão, a licitação para as eventuais obras de manutenção e a compra de equipamentos e materiais. A partir daí, haverá um prazo relativamente longo para os reparos.
PERGUNTAS
Para que todo o processo acima aconteça, haverá a necessidade de recursos financeiros. Além, é claro, da necessidade de cuidados com a legislação para a licitação, contrato e execução. Se o prefeito alegar que os reparos, obras e acertos são simples e rápidos, a pergunta que fica é: por que ele não fez isso já em 2019 logo após o acidente? Por que deixou o principal (e mais lucrativo) equipamento turístico de Poços de Caldas abandonado? Em caso contrário, se esses acertos e reformas são complexos e demandam estudos específicos também fica a pergunta: porque demorou tanto para fazer?
CONCLUSÃO
Se o Teleférico tivesse voltar a funcionar em 2019 ou até mesmo em 20-20, mesmo que em caráter experimental, a Prefeitura e a Secretaria de Turismo teriam uma melhor condição de colocar o equipamento em licitação. Apresentaria aos interessados a real situação do sistema, os pontos fortes e fracos da operação e as obras e serviços necessários para a melhoria do sistema. Mas não. Erroneamente, anunciaram que o Teleférico seria reformado e modernizado pela futura concessionária.
RODAPÉ
Vamos aguardar até o dia 1º de julho pra vermos o resultado de mais esse factoide.