Bastidores 25/11/22
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O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas e região.
O DEBATE
Com o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) e o vereador Diney Lennon (PT) antecipando o debate eleitoral de 2024, as especulações nos bastidores políticos da cidade e o cenário para a próxima corrida eleitoral local começam a tomar forma. Na situação, a tendência é de que o atual vice-prefeito Júlio Cesar de Freitas (União Brasil) seja lançado como candidato oficial do governo. Forte regionalmente, a legenda já articula o lançamento de candidatos nas principais cidades do Sul de Minas pelas mãos de Rodrigo Lopes e Rafael Simões – ambos eleitos como deputado estadual e federal, respectivamente.
MIGRAÇÃO
Por sinal, Azevedo e seu pupilo Celso Donato (PSD) tendem a migrar para a sigla. Uma das hipóteses é de que o segundo seja lançado como candidato a vice – com a justificativa de que seus 13 mil votos na eleição de 2022 o tornam viável para o posto. Já o PSDB já começa a ventilar entre seus filiados o nome do vereador Flavio Togni de Lima e Silva para a corrida. O que justificaria, portanto, a necessidade de Azevedo deixar a legenda.
O PSD
Pelas mãos de Cássio Soares, o grupo da Rede ligado ao ex-vereador e vice-prefeito Flavio Faria (Rede) tende a reassumir a sigla na cidade. O motivo da troca seria a federação com o PSOL que em Minas Gerais fez com que a sigla de Marina Silva perdesse força e o controle das decisões após a eleição deste ano. Embora negue, Arruda já se coloca como candidato para a disputa majoritária – inclusive assumindo a pessoas próximas e a um ex-prefeito que a decisão já estaria tomada.
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NEUTRALIDADE
Pelos lados da esquerda, o posicionamento dúbio de Arruda e do atual presidente da Rede, Gerson Pereira Filho, desperta desconfiança. O consenso é de que apenas uma união poderia levar o grupo à Casa Amarela e que a atitude por baixo dos panos da turma de Flavio Faria não contribui para isso. Com exceção da Rede, portanto, o cenário é de união, especialmente entre as lideranças do PSB, Avante e Solidariedade – que aguardam e observam as movimentações do PT. É quase certo que as três siglas não lancem nome para a disputa majoritária – preferindo uma composição com foco na disputa para a Câmara Municipal.
COMO A DIREITA VÊ A ESQUERDA?
Um representante da direita na cidade diz que se houver um racha, a tendência é de que a esquerda leve a Prefeitura de Poços de Caldas em um cenário parecido com 2012. “Nós não somos muito inteligentes para manter essa união. Ao menos não como a gente acredita ser”, disse um deles. Uma fonte da Câmara Municipal também acredita nessa possibilidade – especialmente se Lula conseguir fazer um governo no mínimo razoável. “Depende só da esquerda”, disse.
COMO A ESQUERDA VÊ A DIREITA?
O consenso entre as lideranças da esquerda é de que sem união não haverá como vencer. E o maior empecilho para esse diálogo, hoje, é o grupo de Lucas Arruda. “Ele tem um teto, sozinho e dessa forma, não conseguirá vencer, apenas dividir”, diz uma figura do grupo. “Ele precisa sentar e dialogar, coisa que até agora não fez”, diz outro. Quanto ao vereador Diney Lenon, a aposta é de que ele tentará a reeleição da Câmara. “Com a perspectiva de aumento na votação, acreditamos que o PT conseguirá fazer duas cadeiras em 2024”, diz uma importante figura do partido.