Bastidores 18/01/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.
SECRETARIA DE TURISMO DEVENDO NA PRAÇA
A Instância de Governança Regional Caminhos Gerais (IGR Caminhos Gerais), uma associação antes denominada Circuito Turístico Caminhos Gerais reúne 13 municípios do Sul de Minas: Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Carvalhópolis, Caldas, Ibitiúra de Minas, Ipuiúna, Machado, Poço Fundo, Poços de Caldas, Santa Rita de Caldas e Campestre. Com o objetivo de fortalecer a política de regionalização do turismo, a IGR realiza eleições bienais. Em 2021, o atual secretário de Turismo de Poços de Caldas, Ricardo Oliveira, foi eleito por unanimidade para a presidência. O Executivo, claro, comemorou e alardeou a vitória. Mas existe um problema: Poços de Caldas está em débito com a associação.
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TRADUZINDO
Uma assembleia foi realizada virtualmente na semana passada para aprovação das contas de 2021. Alguns municípios, porém, não efetuaram o pagamento da mensalidade anual. O valor é importante para que a associação possa se manter e trabalhar com políticas importantes para o setor. Nesse último encontro, os Conselheiros Fiscais deram um parecer vinculativo, ou seja, de que somente aprovariam as contas do ano se os municípios com valores em aberto se comprometessem a quitá-los. Em votação, o parecer não foi aprovado. Mesmo com voto vencido e aprovação das contas, começou-se então uma discussão em relação a o que se fazer com os municípios caloteiros.
O CALOTE
Quanto a Poços de Caldas, em 2020, no dia 27 de fevereiro, o então secretário da pasta Ildeu Pereira, assinou um documento afirmando ter ciência dos valores e se comprometendo a quitá-los. O pagamento acabou sendo empurrado com a barriga. Durante essa mesma assembleia, o presidente da associação e também secretário de Turismo, Ricardo Fonseca, apresentou um parecer da Procuradoria Geral do Município, assinado pelo advogado Mário Marques de Oliveira, em que informa que não há suporte político legal para se efetuar o pagamento de valores retroativos, ou seja, de receita de exercícios anteriores.
IRONIA DO DESTINO
Ao término da Assembleia, ficou estabelecido então que o Circuito Caminhos Gerais irá contratar uma assessoria jurídica para executar os municípios que estão em débito, inclusive Poços de Caldas, para que o Executivo faça o ressarcimento dos valores devidos. Ou seja, o presidente da Instância de Governança Regional Caminhos Gerais e secretário municipal de turismo de Poços será obrigado a processar seu estimado patrão, o chefe do Executivo, prefeito Sérgio Azevedo.
VALOR
O que surpreende mesmo é o valor que Poços de Caldas tem em aberto: R$ 16 mil. Coincidentemente, o valor men-sal pago ao painel de LED alugado que já parou de funcionar em frente das Thermas. Para quem diz que tem dinheiro sobrando em caixa, o prefeito Sergio Azevedo mostra total inabilidade com as finanças de suas secretarias. Ou, na pior das hipóteses, se revela um grande mentiroso.