Bastidores 16/04/22

O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.

SENTA QUE LA VEM HISTÓRIA…
Em março de 2002, com a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Virgílio Barroso foi convidado para assumir a pasta e se tornOU o primeiro secretário da recém-criada secretaria da Prefeitura Municipal de Ubatuba. Em parceria com a Transpetro, levou para a cidade o primeiro curso de formação agentes ambientais e de brigadas do mar. Também participou ativamente na discussão do zoneamento ecológico e econômico do Litoral Norte de São Paulo.

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PENADINHO
Em 2016, os ubatubanos elegeram Délcio José Sato (PSD) para prefeito da cidade. Virgílio Barroso foi novamente nomeado secretário de Meio Ambiente. Advogado, havia completado 56 anos na ocasião. Dizia ter como lema de vida o desenvolvimento com sustentabilidade. Mas o que esse personagem tem a ver com a coluna Bastidores e a cidade de Poços de Caldas? Ele é o proprietário da empresa Pax Negócios e Participações Ltda. O famoso Cemitério Parque, localizado na Rodovia Poços de Caldas-Andradas.

A MORTE LHE CAI BEM
Nas últimas semanas, morrer não tem sido das tarefas mais tranquilas em Poços de Caldas. Denúncias e vídeos revelaram uma série de problemas em ambos os cemitérios da cidade. Em janeiro deste ano, uma mãe foi visitar o túmulo do filho no Cemitério Parque e o que encontrou foi a lápide totalmente destruída e sem a placa. Já no mês de março, vereadores fizeram denúncia ao Ministério Público por problema no local. No entanto, o que nenhum deles pensou em correr atrás foi do contrato de concessão firmado entre a Prefeitura e a empresa. Se tivessem feito isso, teriam descoberto que a concessão já acabou e que o local deve retornar para as mãos do munícipio.

DETALHES
O contrato de concessão do Cemitério Parque, que ao menos não foi escrito à mão como o do Monotrilho, diz que após a construção de 4.000 jazigos, o concessionário deverá devolver o empreendimento para o poder público. Conforme apuração, este número já foi alcançado por volta do ano de 2020. O mesmo contrato também revela que o Cemitério Parque não pode ser ampliado sem autorização da Secretaria de Planejamento. Entre outros motivos, por questões ambientais. Mesmo em autorização e aval da secretaria, a administração do local faz a ampliação. Ou seja, o executivo não fiscaliza e tudo fica como está.

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OBSERVAÇÃO 1
O contrato deixa claro que, após o término da concessão, o local deve voltar para o munícipio, que poderá realizar uma nova concessão.

OBSERVAÇÃO 2
Por ano, com a arrecadação da taxa de limpeza, o Cemitério Parque arrecada R$ 1 milhão. Valor alto para a situação em que ele se encontra. Com a palavra, os vereadores.