Bastidores 15/07/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas.
O FILHO PRÓDIGO
Meses atrás, quando neste mesmo espaço informei que o presidente municipal do União Brasil, Tiago Cavelagna, articulava seu retorno para um cargo na atual administração, um dos membros da comissão provisória – mais falso do que nota de R$ 3 – ao ser questionado sobre a possibilidade, respondeu dizendo que este jornalista não tinha nenhuma credibilidade e que não havia tratativas sobre o assunto. O tempo passou e nesta semana, Cavelagna foi, enfim, nomeado como secretário adjunto de Obras.
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CONVERSAS
A respeito de uma nota publicada essa semana pela Coluna Bastidores a respeito de conversas entre a pré-candidata a deputada estadual, Regina Cioffi (Progressistas) e o ex-prefeito de Caldas, Ulisses Guimarães Borges (MDB), a vereadora informa que tem mantido conversas com várias lideranças, mas que não existe qualquer definição ou martelo batido a respeito de uma possível dobra em Poços de Caldas.
POR FALAR NISSO
E a edição de ontem do Jornal “O Tempo”, hein? Tem quem aposte que a “obra de arte” veio de cabeças pensantes da Casa Amarela.
CHARRETES
A audiência pública a respeito das charretes de tração animal realizada na Câmara Municipal foi tensa e por diversos momentos contou com manifestações bastante calorosas. O advogado que representa a classe disse de forma enfática que continuarão a exercer as atividades da forma tradicional ao menos até o surgimento das charretes elétricas. O curioso, no entanto, foi o pedido de exclusividade no transporte turístico nessa modalidade. Poços de Caldas que, como eu já disse, parece ser governada por Odorico Paraguaçu, terá em breve algo inédito no país: o monopólio das charretes elétricas.
FÊNIX
O ex-vereador Paulo Tadeu (PT), um dos grandes defensores dos charreteiros, chegou a dizer na audiência pública que os cavalos não sofrem maus tratos e que estão com a saúde perfeita. A informação contraria um laudo veterinário de 2017 quando 72 cavalos foram examinados em ação conjunta do Regimento da Cavalaria da Polícia Militar de Minas Gerais. Destes, apenas um apresentava bom estado nutricional. Também com exceção de um, todos os demais se encontravam doentes com algum tipo de estágio de influenza equina. Os animais em questão precisariam de repouso e cuidados por aproximadamente 30 dias. Nenhum dos charreteiros, após o laudo, se preocupou com os cuidados médicos dos animais.
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ATROCIDADES
O relatório do Regimento da Cavalaria da Polícia Militar de Minas Gerais revela uma série de outras atrocidades. Essa atividade em Poços de Caldas envergonha a cidade e não tem o apoio da população. Devemos acabar com o paradigma de que as charretes são uma questão cultural, quiçá turística. O mundo muda, as culturas também mudam. Basta também da desculpa cansativa e esfarrapada de que o ser humano precisa sobreviver. Todos nós precisamos, mas não é por isso que temos o direito de desrespeitar e tratar mal os animais. Aos defensores, um recado: tenham vergonha!