Bastidores 11/02/22

O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.

FATO OU FAKE?
Ao longo do último mês e especialmente ontem, se intensificaram nos bastidores boatos sobre uma possível candidatura de Carlos Mosconi a deputado estadual. Por mais de uma vez, inclusive, publiquei nesse espaço a pergunta que não quer calar: a quem interessa essa candidatura? Ao longo desta quinta-feira, tive conversas e ouvi opiniões de figuras políticas importantes da cidade e preparei um resumo do cenário que envolve uma das personalidades políticas mais marcantes de Poços de Caldas.

PRESSÃO FAMILIAR
Confere a informação de que Mosconi sofre pressão familiar para não ser candidato. Em especial, da esposa. Confere também que uma romaria de políticos da sua base o procura diariamente para convencê-lo a colocar seu nome à disposição para o pleito. Um político, que já fez campanha contra Mosconi e também ao lado dele, que o conhece como a palma da mão, confidenciou a este colunista que o secretário ainda mantém o desejo de ser deputado. Pesa, porém, a idade. Beirando os 80 anos, uma campanha eleitoral é demasiadamente cansativa. E ele sabe disso.

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GOVERNABILIDADE
Enquanto cozinha a base em fogo lento, o prefeito Sérgio Azevedo trabalha para manter a governabilidade na Câmara Municipal. O vereador Flavio Togni de Lima e Silva, por exemplo, diz a pessoas próximas que romperá com a Casa Amarela caso não seja escolhido para a disputa estadual e que somente abriria mão por Mosconi. Dra. Regina Cioffi dá sinais de que deve sair candidata com ou sem apoio da situação. Já Marcelo Heitor observa sem dar sinais claros do que pretende fazer.

RISCO
Se o prefeito Sérgio Azevedo perder o apoio de três vereadores, cai por terra não apenas a governabilidade. Ele passa a correr o risco de ter problemas sérios ou até mesmo um pedido de cassação. Motivos existem para isso. Ele sabe. Mosconi também.

SALVADOR DA PÁTRIA
A situação reconhece também que Mosconi ao lado de Celso Donato daria fôlego para o segundo. O quase octogenário é a boia de salvação de um prefeito incompetente e arrogante, de um secretário de governo com muitos inimigos, inclusive, com um partido que por trás faz planos para sabotar sua candidatura. A falta de diálogo com a base é justamente o reflexo de uma dupla que governa apenas pensando em si.

FRAGILIDADE
Enquanto isso, a oposição permanece desunida quando tem diante de si uma das maiores oportunidades de se aproveitar desse racha e assumir o Executivo em 2024. Avante e PSB deram o primeiro passo. E estão abertos ao diálogo. A conferir.