Bastidores 08/04/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.
A SEDE DO CONSELHO
A quarta reunião do Conselho Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia presidida pelo secretário municipal de Desenvolvimento e Trabalho, Thiago Mariano, teve uma questão curiosa levantada por um dos conselheiros: a necessidade de um espaço físico para para concentrar as atividades do Conselho. Mariano disse então que com a construção do Centro Administrativo previsto para outubro deste ano (mais um factoide do prefeito Sérgio Azevedo que não será cumprido, por sinal) vários espaços públicos seriam liberados, inclusive a Fepasa, que poderia ser o centro de um coworking municipal.
continua depois da publicidade
PARENTESES
Um coworking é um espaço de trabalho compartilhado e que reúne pessoas que não atuam necessariamente para a mesma empresa ou na mesma área de atuação. Geralmente, é utilizado por empreendedores e usuários independentes. A Solve, de Rubens Mussolin Massa, um dos integrantes do Conselho, e que funcionava na Rua Junqueiras, 150, era um desses espaços colaborativos.
CONTEINERES
A sexta reunião do Conselho voltou a tratar da possibilidade de um espaço físico para si. Uma das ideias foi a instalação de contêineres do Parque Municipal. Sim, contêineres. Mas foi na sétima reunião que Mariano apresentou a proposta de instalação do Conselho em um imóvel desocupado do Centro da cidade, com um aluguel mensal de R$ 8.500 e que com a criação da Associação de Fomento à Inovação de Poços de Caldas, o Conselho ficaria responsável pela parte diretiva do projeto com os demais trâmites e execução ficando por parte da Associação.
ENDEREÇO
O imóvel proposto para ser a sede do Conselho seria o casarão da Rua Junqueiras, 150. O mesmo que abrigou a Solve. A finalidade seria a mesma, inclusive. A diferença seria o custeio, dessa vez, com dinheiro público.
NOVAMENTE O MP
A denúncia feita ao Ministério Público diz que a constituição da Associação, sugerida por Mariano sob a coordenação de Mussolin, tem o intuito claro de receber valores do fundo do Conselho Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia, visto que não seria executor voluntário. Informa ainda que a Associação é composta por pessoas sem nenhuma representatividade, cujo único mérito é de serem amigos da dupla. E por fim, informa que a legislação municipal de inovação veda claramente que os valores do fundo sejam transferidos para a Associação, principalmente aquelas que tenham em seus quadros integrantes do serviço público. Finaliza dizendo que todas essas ações ferem os princípio da administração pública, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
continua depois da publicidade
RETIRADA
Um dos parágrafos do estatuto da Associação dizia que os membros do Conselho de Administração não receberão remuneração pelos serviços que, nesta condição, prestarem à Associação, ressalvada a ajuda de custo por reunião ou evento de que participem. Detalhe: foi retirada a parte que dizia que “havendo recursos para tal e sujeita a deliberação da Assembleia Geral”.
CURIOSIDADE
As palavras cruzadas “Ativamente” da empresa “A Recreativa”, de Rubens Mussolin Massa, estão à venda nas lojas do supermercado San Michel. “Ativamente” é também o nome de um projeto educacional R$ 2 milhões aprovado por inexigibilidade pela Prefeitura.