Bastidores 07/05/22

O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas.

A CARAVANA DO CAMARÃO
6 de maio de 2022. Manhã gelada de outono. Imprensa e vereadores acompanhados do prefeito, vice-prefeito e alguns secretários, fizeram um tour pela cidade para acompanhar aquelas que, segundo o alcaide, são obras fundamentais para o desenvolvimento da cidade e que refletem o bom momento que Poços vive. As paradas foram na ETE I, onde nenhuma novidade foi apresentada, o Viveiro Municipal de Flores e Plantas onde também ninguém ficou sabendo de nada que ainda não tivesse conhecimento, a UBS São Jorge, cujo projeto já foi apresentado para a população, as pracinhas reformadas do bairro Elvira Dias, inaugurada com pompa e circunstância numa tentativa de promover a pré-candidatura do então secretário de Governo, Celso Donato, poucos dias antes de sua desincompatibilização, e as obras da avenida Monsenhor Alderige.

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PARADAS IGNORADAS
Recanto Japonês, cuja restauração da Casa de Chá foi anunciada ainda no primeiro mandato, reinauguração do Teleférico, prometida para o dia 1º de julho e com obras ainda não iniciadas, novo prédio que abrigará o Centro Administrativo atrás da Rodoviária, prometido para novembro e que até agora não tem sequer projeto, Cristo Redentor e Observatório, completamente abandonados, Cemitério da Saudade, que ninguém nem lembra que seria reformado, etc, não foram visitados.

SERÁ?
Boatos dão conta de que rolou um pãozinho com mortadela para o pessoal.

RESUMO DA ÓPERA
Poucos vereadores estiveram na caravana, com boa parte da imprensa ausente. A estratégia, copiada do jornalista e ex-secretário José Carlos Polli quando as redes sociais ainda não existiam, serviram apenas para mostrar o desespero de uma gestão que não tem nada para mostrar e que começa a afundar em escândalos.

BAILE DA ILHA FISCAL
No memorável dia 9 de novembro de 1889, aconteceu o último momento de glória da monarquia brasileira: o ilustre baile da Ilha Fiscal. O evento teria sido uma tática de mostrar que a coroa brasileira estava firme e forte. Em suma, seria uma forma de tentar provar que tudo estava caminhando bem na realeza. Só que não estava. A monarquia estava alienada naquele momento, os monarquistas olhavam para o trono como se ele fosse sustentado por forças invencíveis. Poucos dias depois, porém, o Império caiu. E o Brasil se tornou uma República.

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METÁFORA POLÍTICA
Na política, Baile da Ilha Fiscal se tornou tão emblemático que virou quase uma expressão idiomática. As fotos do prefeito Sérgio Azevedo e de sua caravana esvaziada de vereadores mostra profundamente que seu governo acabou. Não há base, não há clima, não há nada. Agora, é agonizar.