Após protestos, prefeito tentará que Estado reveja onda roxa

Sérgio Azevedo disse que fará solicitação ao governador Zema


No primeiro dia de adesão à onda roxa do programa Minas Consciente, muitas pessoas se concentraram na porta da Prefeitura para protestar contra as medidas restritivas que irão durar pelo menos 15 dias e que permitem apenas o funcionamento de serviços essenciais em Poços de Caldas.

Comerciantes, empresários, trabalhadores e cidadãos passaram boa parte do dia protestando pelo fechamento da maior parte das atividades econômicas em Poços.

Pela manhã, o prefeito se reuniu com representantes da Associação Agropecuária, Industrial e Comercial (ACIA) e Associação de Bares e Restaurantes de Poços de Caldas (ABRE), descontentes com a medida. À tarde, o prefeito recebeu também outros representantes de setores comerciais.

A todos, o prefeito deixou claro o seu descontentamento com a medida, mas disse que é preciso respeitar a decisão do governo do Estado. Ontem à noite, ele afirmou que irá entrar em contato com o governo do Estado para manifestar que Poços solicita a revisão da decisão de ser colocada obrigatoriamente no Minas Consciente.

Para o prefeito, se o Estado montasse hospitais de campanha no Sul de Minas e em outras regiões, minimizaria a ocupação de leitos em Poços de Caldas.

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LEITOS DE UTI
“É um castigo para Poços de Caldas”, disse o prefeito, em relação ao fato de que a cidade montou um Hospital de Campanha, conseguiu abrir novos leitos de UTI, mas que mesmo assim vê quase metade dos seus leitos disponíveis serem ocupados por pacientes de outras cidades e até mesmo de outros Estados.

O prefeito garante que ninguém terá atendimento recusado, mas aponta que é injusto fazer tantos esforços para que depois outros locais em situação de colapso de saúde tenham que recorrer a Poços.

“Atender pacientes da nossa microrregião é compreensível. Mas estamos recebendo pacientes de outras regiões e até do Estado de São Paulo, que é o mais rico do país”, observa.

O prefeito reforça que é contrário à entrada de Poços no Minas Consciente, mas irá acatar a decisão pelo próximos 15 dias, caso o governo do Estado não reveja a decisão.