Trabalho de agentes de endemias é alvo de fake news

Notícias falsas dão conta sobre furtos de coletes e uniformes dos profissionais

Está circulando nas redes sociais e em aplicativos de mensagens instantâneas, um aviso de um suposto roubo de coletes, crachás e bolsas de agentes de endemias.

Os profissionais são responsáveis pelas visitas domiciliares de combate ao mosquito Aedes aegypti. A mensagem alerta para a suspeita de que os materiais seriam utilizados para que criminosos se passem por agentes e assim seja facilitada a entrada dos mesmos nas residências e lojas comerciais, para furtos ou roubos.

O problema é que a mensagem foi compartilhada sem a preocupação com a checagem das informações, que não são verdadeiras e isso tem dificultado o trabalho dos agentes.

“Na terça à tarde já tivemos recusas de moradores que não deixaram os agentes entrar nas casas exatamente por medo, depois que esta falsa informação foi divulgada. Isso é muito ruim, porque prejudica o trabalho exatamente no momento em que estamos fazendo o LIRAa que é uma pesquisa que precisa também da colaboração da população para ser feita”, explicou Márcia Helena Geremias de Paula, supervisora do Programa de Combate ao Aedes aegypti.

LIRAA
O LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Mosquito Aedes aegypti que antes era realizada três vezes ao ano, agora acontece quatro vezes em 12 meses, segundo orientações do Ministério da Saúde, de forma a ampliar e tornar mais constante o acompanhamento do índice de infestação do Aedes em Poços.

O último LIRAa realizado em janeiro, em 3.500 imóveis, de todas as regiões da cidade, manteve Poços abaixo de 1% no índice de classificação do Ministério da Saúde, faixa considerada com baixo risco de epidemia. O LIRAa também indica áreas da cidade com mais riscos de infestação e norteia ações como os mutirões de limpeza, realizados periodicamente pelas secretarias de Saúde e de Serviços Públicos.

“Infelizmente não é a primeira vez que este tipo de notícia falsa circula na internet e atinge o trabalho de campo. É muito importante que as pessoas verifiquem a veracidade de qualquer fato divulgado nos órgãos competentes, de forma a fazer uso da comunicação de maneira responsável”, afirmou Jorge Miguel Ferreira do Lago, coordenador da Vigilância Ambiental.

Neste caso específico, o contato deve ser feito pela Ouvidoria de Saúde, no 0800-283-0324, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com ligação gratuita. Há ainda o telefone da Vigilância Ambiental que é o 3697-5977.