A legalização dos jogos de azar no Brasil
Projeto pode render R$ 18 bilhões anualmente só em impostos
Número 31, preto. Foi esse o último algarismo sorteado de forma legal em um cassino no Brasil. Isso no dia 30 de abril do ano de 1946 por volta de meia noite no icônico Copacabana Palace.
Nesse mesmo dia, um decreto do então presidente Eurico Gaspar Dutra pôs fim aos jogos de azar, ressuscitando a ideia do seu antecessor Getúlio Vargas, que em 1941, tomou a mesma decisão de proibir todos os jogos de azar.
Hoje em dia, sete décadas depois dessa decisão, a proibição está perto do fim. Isso porque a proposta do senador Ciro Nogueira de 2014 está em votação ainda nesse primeiro semestre de 2018. O presidente do PP diz que o projeto é bastante amplo e até permissivo e terá controle severo para que não haja a temida lavagem de dinheiro.
Além disso o defensor da ideia ainda diz que essa é uma excelente oportunidade para impulsionar o turismo e aumentar a economia do Brasil, isso porque os jogos de azar são muito procurados por jogadores de todo o mundo, como os caça níqueis, por exemplo, que levam milhões de apostadores até a Las Vegas todos os anos. A fonte sobre isto pode ser lida aqui, juntamente com o guia completo dos jogos de azar mais procurados e suas respectivas regras.
A verdade é que quem é um amante dos caça níqueis, do blackjack, da roleta ou de qualquer outra modalidade de jogo de azar saiba que os dias dessa proibição nacional estão contados.
Ainda segundo o defensor dessa nova lei, a liberação dessa prática renderia aos cofres públicos cerca de R$ 18 bilhões todo ano só em impostos. Esse dinheiro, ainda segundo os governadores, seria usado como investimento na segurança pública e combate à violência.
Segundo Ciro Nogueira, todos esses jogos já acontecem de forma ilegal em todo o país e a única diferença é que o governo teria um controle maior sobre os mesmos e poderia lucrar também com os cassinos que, provavelmente, alavancariam o turismo no país.
O projeto apresentado por Ciro Nogueira prevê ainda a liberação do famoso jogo do bicho, do bingo, do vídeo bingo, das apostas esportivas e não esportivas e também os cassinos online e também em complexos de lazer como hotéis e resorts, desde que tenham estrutura suficiente para abrigar atividades deste porte.
“Os dias da ilegalidade estão de fato no fim, afinal, o projeto já está em votação em Brasília e é questão de meses para estar legalizado e em prática a regulamentação que aprova o desenvolvimento de atividades no ramo dos jogos de azar em todo o país”, argumenta o senador.