Ordem do Dia 13/09/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
As investigações sobre o general Braga Neto, e outros militares, conduzidas pela Polícia Federal e pelo TCU, novamente incomodam as forças armadas e lançam mais suspeitas desagradáveis.
Quando interventor federal no Rio de Janeiro, em 2018, Braga Neto, e outros, teriam “farreado” com dinheiro público, entre outros deslizes.
Só de camarão especial, a conta superou os 200 mil reais. Além de outros itens, incluindo vinhos, tortas holandesas, etc, o que mostra que nem só de leite condensado vive o militar…
Teria havido, além disso, uma tentativa de se super-faturar uma licitação de milhares de coletes à prova de balas. Algo semelhante à tentativa de compra de vacinas fajutas, na época da pandemia. Aquela que tinha até PM de Minas participando. Lembram?
Braga Neto encontrou-se várias vezes com lobistas, todos militares, em almoços e jantares, discutindo a possível aquisição irregular. A propina estaria orçada em cerca de 4,5 milhões de reais.
Para piorar, o dono da empresa dos coletes, que tem negócios internacionais, seria suspeito de participar do assassinato do presidente do Haiti. Esse fato teria atraído a Polícia Federal, que acabou descobrindo as outras mazelas.
O processo de apuração interna dessas suspeitas, que deveria ter sido feito pelo governo Bolsonaro, ficou paralisado. Anos engavetado. Uma lambança.
Braga Neto, que foi candidato a vice, na chapa de Bolsonaro, estava para ser lançado candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Sua candidatura “subiu no telhado”. Membros do seu partido, o PL, já manifestam desconforto.
A turma do Bolsonaro não é fácil… Pelo visto, os crimes andam juntos e se somam. Os criminosos também.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG) e Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política. E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com