Ordem do Dia 14/08/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
O escândalo bolsonarista, relativo ao desvio, e venda ilegal, de jóias, suscita algumas dúvidas. A primeira delas, seria se as pessoas entendem o que está ocorrendo. Parece que não.
Bolsonaristas, na defesa de seu mito, têm feito comparações com os feitos dos governos petistas, Lula em destaque. Dizem que desvio de presentes de Estado não se compara com mensalões, petrolões ou propinas generalizadas, do feitio petista.
Questão de opinião. Condutas criminosas são o que são. Variam as penalidades e o tempo de cadeia. Mas o presídio seria o lugar adequado para acolher a todos desse tipo.
Sem exceção, se apropriaram de patrimônio público. Sejam jóias ou propinas. Utilizando de esquemas de venda e de lavagem de dinheiro no exterior.
Se fosse legal, anunciariam e venderiam as jóias normalmente. Ou declarariam as propinas no Imposto de Renda.
Todavia, o que mais impressiona, seriam os personagens envolvidos na atual lambança: militares do Exército, de alta patente. Não apenas um capitãozinho, que saiu da Corporação pela porta dos fundos. Vergonha.
O tempo tem mostrado que a proximidade com Bolsonaro, et caterva, é fatal de muitas maneiras. Gustavo Bebianno, ex ministro, foi o primeiro a sofrer as consequências.
A ele, seguiram Moro, Queiroz, coronel Cid, seu pai, general Cid, deputado Silveira, deputada Zambelli, entre outros.
A proximidade com Bolsonaro, pelo visto, costuma causar sérios danos. Pega feito doença. A vacina para isso seria de conteúdo moral. Mas ainda não foi inventada.
Em tempo: O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que o futuro da indústria automotiva brasileira estaria no carro híbrido.
Na mesma linha da nota publicada, nesta coluna, na semana passada. Entretanto, o governador aposta no hidrogênio e no biocombustível como coadjuvantes para o motor à explosão.
Essa declaração do governador foi dada, justamente, em um evento tendo o hidrogênio como vedete, na qualidade de combustível automotivo. Pode ser.
Mas a tecnologia do etanol está disponível há décadas, tanto no Brasil quanto nos EUA. Outras tecnologias de combustível terão que ser desenvolvidas.
De todo modo, todos estariam de acordo num ponto: o carro movido exclusivamente a energia elétrica ainda estaria distante do Brasil.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG) e Direito Administrativo (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com