Demanda por cirurgias de catarata cai para menos da metade

Na sexta-feira, 7, aconteceu mais um mutirão de cirurgias de catarata, o sexto do ano e o primeiro deste segundo semestre, realizado no Hospital da Zona Leste, em Poços de Caldas.

Dos 120 pacientes agendados, 96 compareceram e passaram pelo procedimento. Um levantamento feito pelo Cismarpa no início do ano apontou que a demanda reprimida estava em 1.500 cirurgias. Desde fevereiro, o programa tem acontecido todos os meses.

Com o mutirão de sexta, já são 856 cirurgias realizadas em 2017. Desta maneira, a demanda reprimida caiu para menos da metade, faltando 644 pacientes para zerar o número do começo do ano. Com a retomada da realização das cirurgias, o tempo de espera dos pacientes já diminuiu sensivelmente.

“Não enxergo letras pequenas, objetos pequenos e está difícil até para pegar o ônibus certo, sempre preciso da ajuda de alguém. A partir de agora, com essa cirurgia tudo vai melhorar. Sou uma pessoa independente, gosto de fazer minhas coisas e a visão é tudo pra mim. Depois de três anos de espera, tudo vai melhorar”, comemorou Maria Wattrad Cirimbelle, 82, minutos antes de fazer a cirurgia de catarata no olho direito.

DOENÇA CONGÊNITA
A catarata pode ser congênita (de pais para filhos), causada por diabetes ou pelo uso de determinados medicamentos, mas a principal incidência ainda é verificada em pessoas com mais idade, como parte do processo de envelhecimento do organismo.

“Pode acontecer em todas as idades, mas torna-se mais frequente a partir dos 55 anos e todas as pessoas desenvolvem catarata até no máximo 80 anos de idade pelo processo natural de envelhecimento, embaçando muito a visão e a única forma de solucionar o problema é com cirurgia”, explicou o médico oftalmologista Marcos Guilherme da Silva. Exatamente por isso, a grande maioria dos atendidos nos mutirões é idosa.

CIRURGIAS DE CATARATA CONTINUAM
Nesta edição, duas equipes compostas por médicos e enfermeiros participaram. O prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) esteve no Hospital da Zona Leste, conversou com os pacientes e garantiu a continuidade dos mutirões. O secretário de Saú-de, Carlos Mosconi (PS-DB), reafirmou o objetivo de zerar a fila de espera.

“Já fizemos mais de 800 cirurgias em pouco mais de sete meses, esse resultado mostra que é possível fazer e nós continuaremos a realizar os mutirões nos próximos meses, até que todos os pacientes sejam atendidos”, disse.

O mutirão de cirurgia de catarata é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Consórcio Intermunici-pal de Saúde Microrregião do Alto Rio Pardo (Cismarpa). O próximo mutirão será em agosto.