Morre aos 80 anos o geólogo poços-caldense Frederico Laier

Ele estava internado há 11 dias após ter contraído uma meningite bacteriana

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Morreu no dia 8 de maio, aos 80 anos, no Rio de Janeiro, o geólogo poços-caldense Frederico Pereira Laier.

Frederico estava internado há 11 dias no Rio de Janeiro após ter contraído uma meningite bacteriana. Após concluir os estudos no Colégio Marista, em 1959, Frederico foi aprovado no vestibular de Engenharia Geológica na Universidade Federal de Ouro Preto. Durante os anos em que passou em Ouro Preto, foi o fundador da conhecida república estudantil Território Xavante.

Logo após se formar, em 1964, Frederico passou a integrar o corpo técnico da Petrobras em 1965. Ele atuou no mapeamento geológico nas bacias de Sergipe-Alagoas e Potiguar.

Junto com outros colegas, inaugurou o processamento de dados geológicos na Região Produtora do Nordeste, à época sediada em Aracaju (SE), e foi um dos pioneiros do Sistema Integrado de Geologia e Geofísica.

Trabalhou ainda em vários outros setores da Petrobras, onde se aposentou em 1993.

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“Com sua experiência e gosto pela informática, já como professor visitante do PRH-18, Frederico Laier implantou e gerenciou a rede informatizada do Departamento de Geologia da UFRJ, atuou na equipe docente do curso de Geologia do Petróleo durante quatro anos e aproveitou a oportunidade para fazer a pesquisa que resultou na biografia do professor Ben Barnes, permanecendo após 2012 como pesquisador do PRH-18 sob a coordenação do professor Leonardo Borghi”, relembra o seu colega de turma, o também geólogo e professor Cláudio Bettini.

Talvez um dos momentos mais gloriosos da trajetória de Frederico Laier como geólogo da Petrobras tenha sido cumprir a missão, juntamente com o colega Francisco Celso Ponte, então presidente da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), e com sua esposa Rosa Maria Cavalcanti de Castro Laier, de mediar o contato do deputado estadual Antônio Barros de Castro Filho com o senador Teotônio Vilela, que garantiu a preservação da Bacia de Campos para a estatal, e não a sua entrega aos contratos de risco e às empresas transnacionais, em abril de 1980, conforme proposto pelo Ministério de Minas e Energia.

Uma missa de sétimo dia será celebrada em Poços de Caldas, neste domingo, 14, às 19h, na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, onde Frederico atuou na infância como coroinha.