Polícia Civil prende envolvidos em golpe do seguro

A prisão temporária dos dois suspeitos é de cinco dias

Nesta segunda-feira, 3, a Polícia Civil em Poços de Caldas cumpriu mandado de prisão temporária em desfavor de Valter Costa Silva, 27, e Pedro Henrique de Paiva, 28.

Eles são suspeitos de envolvimento em um furto forjado de um carro para receber o valor do seguro. O golpe, que foi frustrado devido à localização do veículo, teria a participação de um terceiro, responsável por adulterar o veículo tido como subtraído.

De acordo com o delegado José Armando Ferraz, na madrugada do dia 28 de janeiro deste ano, o veículo Fiat Palio do investigado Valter teria sido furtado. Já no dia 5 de fevereiro, a Polícia Militar localizou o carro, com as placas adulteradas.

Os levantamentos da Polícia Civil apontaram que o responsável pelo furto teria sido um morador da rua em que o veículo foi encontrado. De posse do mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, no último dia 8 de março, policiais civis estiveram no local e nada de ilícito foi localizado.

Dando continuidade ao trabalho, os policiais civis confirmaram que o veículo estava com uma terceira pessoa, que reside no imóvel onde foi feita a busca.

“Ela foi intimada a comparecer na Delegacia de Trânsito e confessou que estava com o carro e que tinha adulterado sua placa, colocando outra no lugar. A grande surpresa se deu quando disse que subtraiu o carro a pedido de Valter, pois ele pretendia receber o seguro do veículo, simulando o furto”, conta o delegado, ao dizer que a investigação aponta que Paulo Henrique teria feito a “ponte” entre a suposta vítima e a pessoa que fez a alteração das placas.

Como explica José Armando, a indenização do seguro já tinha sido solicitada por Valter, mas foi cancelada. “Os três envolvidos, com unidade de desígnios, agiram de forma a lesar a seguradora, só não conseguindo devido a circunstância alheia à sua vontade, ou seja, a recuperação do veículo”, pontua o delegado.

Ele completa que a suposta vítima de furto confessou o delito e disse que pretendia receber o valor do seguro para comprar outro carro, e teria contado com a ajuda do amigo Paulo Henrique.

A prisão temporária dos dois suspeitos é de cinco dias. Eles já foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça.

Os três acusados podem responder por fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro e associação criminosa, cujas penas podem chegar a oito anos de prisão, sendo que Valter também responde por comunicação falsa de crime (até seis meses de prisão) e o terceiro suspeito, ainda, por adulteração de sinal identificador de veículo (até seis anos de prisão).