Bastidores 22/03/23

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O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas e região.

COM A PALAVRA, O MP
A Coluna Bastidores obteve em primeira mão o posicionamento do Ministério Público a respeito dos cortes de árvores que têm sido realizados pela Administração Municipal nas avenidas João Pinheiro e Mansur Frahya. As denúncias foram analisadas pelo promotor de Justiça Renato Maia. “Recentemente tivemos duas quedas importantes de árvores centenárias, que por isso mesmo vieram abaixo. Uma sobre um carro com dois idosos e outra em frente ao shopping que se cai sobre pessoas ou veículo teria levado a um fim trágico”, diz o promotor em um dos trechos.

E CONTINUA…
“Meio ambiente também é a preservação da vida humana. Assim, impôs esse projeto de substituição das árvores centenárias do centro da cidade com substituição por outras mais apropriadas. No mais, os órgãos elencados possuem pela legislação pátria legitimidade para mover ações que defendam suas posições. Outras denúncias pelas mesmas partes vieram à esta PJ e já foram analisadas”, conclui.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
O pedido em questão ao MP – cuja resposta está logo acima – solicitava ao promotor a disponibilização de forma oficial dos laudos do engenheiro ambiental quanto à necessidade do corte das árvores e o projeto de paisagismo citado pelo prefeito como justificativa para a retirada e replantio. Quanto a isso, Maia não se pronunciou.

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POR OUTRO LADO…
O mesmo promotor de Justiça determinou no dia 17 de março a paralisação imediata do corte dos plátanos localizados na calçada da região dos trailers de lanche e intimou a Administração Municipal a apresentar esclarecimentos e documentos pertinentes.

REFÉNS
A sessão ordinária da Câmara Municipal de ontem, 21, mostrou uma situação curiosa. Enquanto o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) se abrigava no seu gabinete, os vereadores tiveram que enfrentar os comerciantes dos trailers de lanche. Os trabalhadores reivindicavam a paralisação das obras da futura Alameda Poços e uma reunião com o Executivo. O presidente da Câmara, Douglas Souza (União Brasil) não conseguiu convencer a Casa Amarela em enviar um representante para dialogar. Após um longo telefonema, o prefeito topou receber um representante do grupo e sua representante legal. Fez-se um pedido para que até as 14h, horário marcado da reunião, a Administração Municipal interrompesse as obras que já estão sendo executadas no local. Quanto a isso, o prefeito não se posicionou. Os parlamentares se tornaram reféns.

DELIVERY
Quase ao término da sessão – e sob ameaça de ocupação da Casa de Leis madrugada adentro – lanches, refrigerante e café foram distribuídos. Às 22h15, porém, com a sessão já encerrada, os comerciantes decidiram deixar o local.