Franchising torna-se alternativa para empresas em expansão
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O mercado brasileiro de franquias passou de 2918 marcas em 2019 para 2.668 em 2020 e de 2.882 em 2021 para 3.077 em 2022, de acordo com a “Pesquisa Desempenho do Franchising 2022”, realizada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising). Trata-se de um crescimento de 5,4% em plena pandemia de Covid-19.
Assim como a quantidade de marcas, o número de unidades também cresceu ao longo da crise sanitária. Em 2019, eram 160.958 unidades, número que passou para 156.798 em 2020, para 170.999 em 2021 e para 184.354 em 2022 – um crescimento de 14,5%.
O estudo também revelou que o número de empregos no setor cresce acima da média do mercado. Cada unidade de franquia gera, em média, nove empregos diretos. Em 2019, o setor empregava 1.358.139 pessoas. Em 2020, esse número oscilou para 1.258.884, mas passou para 1.411.319 em 2021 e chegou a 1.589.276 em 2022 – um aumento de 17% entre 2019 e 2022 e de 12,6% apenas entre 2021 e 2022.
Para 2023, a previsão da ABF é que o faturamento do franchising cresça entre 9,5 a 12% e que as operações aumentem 10%. Além disso, o levantamento prevê que as redes devem alcançar a expansão de 4% e que o número de empregos deve aumentar 10%.
Nesse panorama, empreendedores, investidores e empresas já estabelecidas no mercado brasileiro passam a considerar o investimento no setor de franquias. “Para atingir o objetivo de franquias, em primeiro lugar, a empresa deve trazer consciência de qualidade de seu mercado”, afirma Dayhemilly Nogueira, fundadora da Cygnuss Intermedições, empresa que atua com vendas de lingeries em e-commerces.
Modelo de franquias é opção para investimento
Nogueira considera que, para uma empresa em crescimento, aderir ao modelo de franquias é interessante por diversos motivos. Ela destaca seis razões nos tópicos a seguir:
1 – Crescimento rápido
Ao adotar o modelo de franquias, a empresa pode expandir rapidamente para novas regiões sem ter que arcar com todos os custos e riscos de abrir novas unidades por conta própria, explica a empresária. “Os franqueados fornecem o capital necessário para abrir novas unidades, enquanto a empresa fornece o suporte para que essas unidades tenham êxito”.
2 – Capital de giro
Ao adquirir franqueados, a empresa pode obter capital de giro sem precisar tomar empréstimos ou vender ações para investidores externos. “O dinheiro do investimento inicial dos franqueados pode ser usado para financiar o crescimento da empresa, sem diluir o controle ou a propriedade do negócio”, diz ela.
3 – Redução de custos
Nogueira destaca que, ao adotar o modelo de franquias, o negócio pode reduzir os custos associados à abertura de novas unidades, como aquisição de terras, construção e marketing. “Além disso, os franqueados são responsáveis por muitos dos custos operacionais das unidades, incluindo a folha de pagamento dos funcionários, o estoque e o aluguel do imóvel”.
4 – Acesso a talentos locais
Quando a empresa expande por meio de franquias, ela pode obter acesso a talentos locais que conhecem bem a região em que a unidade será instalada, explica Nogueira. “Isso garante que o negócio irá oferecer os produtos e serviços que atendam às necessidades e preferências locais”, observa.
5 – Maior alcance de marketing
A fundadora da Cygnuss Intermediações destaca que o modelo de franquias permite que a empresa expanda seu alcance de marketing para novas regiões sem ter que investir tanto tempo e dinheiro no desenvolvimento de uma estratégia de marketing para cada nova unidade. “Em vez disso, os franqueados são responsáveis por promover a unidade em sua região, enquanto a empresa fornece orientação e suporte para garantir que a marca e a mensagem da empresa sejam consistentes em todas as unidades”, afirma.
6 – Retorno de investimento
Para concluir, Nogueira explica que o modelo de franquias também pode ser benéfico para a empresa em termos de retorno de investimento.
“Como os franqueados investem seu próprio dinheiro na unidade, eles têm uma forte motivação para fazê-la bem-sucedida. Isso pode levar a uma maior taxa de sucesso e lucratividade em comparação com as unidades que uma empresa abre por conta própria”, articula.