MP investiga superfaturamento nas Thermas
A suspeita é de pagamento acima do preço da reforma do balneário
O jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, divulgou na edição de ontem, 20, que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está investigando uma suspeita de superfaturamento nas obras de reforma das Themas Antonio Carlos.
Segundo a reportagem, o alvo da ação é Luiz Augusto de Barros, o Bidu, ex-diretor de Obras da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Ele está sendo processado, junto com Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho, por suspeita de pagamento acima do preço da reforma das Thermas. O MP investiga um esquema de cobrança de propina nas obras da Cidade Administrativa.
A Codemig financiou os mais de R$ 1,2 bilhão gastos na construção da sede de Executivo do Estado. A reportagem aponta que em proporções menores, um esquema semelhante aconteceu nas obras de revitalização das Thermas.
“Ambas as obras estavam sob responsabilidade de Oswaldinho e Bidu e nelas há suspeitas de favorecimento a empreiteiras durante o processo licitatório e superfaturamento, através de aditivos”, diz a reportagem. As obras nas Thermas começaram em 2011 e foram concluídas em 2014.
INQUÉRITO
O inquérito sobre as obras nas Thermas foi aberto há cerca de dois anos e investiga o contrato da Codemig com a construtora Perfil Engenharia, vencedora da licitação aberta ainda em 2011.
O jornal cita que o valor da reforma nas Thermas seria de R$ 10 milhões, com previsão para durar dois anos. Após nove aditivos, o custo da obra subiu para R$ 15 milhões, 50% a mais que o valor original.
Já a Cidade Administrativa foi anunciada por R$ 948 milhões em 2007. Com pelo menos 15 aditivos, foi inaugurada em 4 de março de 2010, tendo custado R$ 2,1 bilhões. Na Codemig, a dupla comandou também obras polêmicas em São João del Rei, Araxá e Entre Folhas.