Reutilização e destinação correta de resíduos sólidos favorecem o meio ambiente
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Durante a 46ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, foi apresentado um estudo sobre o impacto do lixo à vida marinha. De acordo com o documento, até 2050 os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes. A poluição do meio ambiente tem sido pauta de importantes discussões por ser um problema que coloca em risco a vida no planeta.
Uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica também que em 2050, 99% das aves marinhas terão pedaços de plástico no organismo. Hoje, de acordo com os pesquisadores, 90% já são vítimas dessa poluição ao meio ambiente.
“Apesar dos esforços contra a aplicação de materiais de uso único, cerca de 720 milhões de copos descartáveis vão parar nos lixões todos os dias no Brasil. A estimativa é da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). Esse é só um dos números que refletem o dano à infraestrutura das cidades, que sofrem com entupimentos de bueiros, sujeira nas ruas e o aumento do risco de enchentes. Atualmente, o plástico é responsável por 80% do lixo jogado nos oceanos, de acordo com o recente estudo global publicado na revista científica Nature Sustainability”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Além do plástico, outros tipos de lixo também oferecem danos irreparáveis à vida nos oceanos. Na tabela abaixo, os principais poluidores do mar e o tempo de decomposição de cada um deles:
– Papel: de 3 a 6 meses.
– Tecido: de 6 meses a 1 ano.
– Filtro de cigarro: mais de 5 anos.
– Madeira pintada: mais de 13 anos.
– Nylon (linha de pesca, por exemplo): mais de 20 anos.
– Alumínio (lata de refrigerante, por exemplo): mais de 200 anos.
– Plástico (garrafas pet, por exemplo): mais de 400 anos.
– Vidro (vasilhames, por exemplo): mais de 1000 anos.
– Borracha (pneus, por exemplo): tempo indeterminado.
Apesar dos esforços contra a aplicação de materiais de uso único, cerca de 720 milhões de copos descartáveis vão parar nos lixões todos os dias no Brasil. A estimativa é da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). Esse é só um dos números que refletem o dano à infraestrutura das cidades, que sofrem com entupimentos de bueiros, sujeira nas ruas e o aumento do risco de enchentes. Atualmente, o plástico é responsável por 80% do lixo jogados nos oceanos, de acordo com o recente estudo global publicado na revista científica Nature Sustainability.
“O estudo desenvolvido pela fundação Ellen MacArthur ressalta a perda de 90% da biodiversidade devido à retirada e processamento de recursos naturais. Em contrapartida, se fossem aplicadas estratégias de economia circular nas cadeias produtivas de materiais como cimento, plástico, aço, alumínio, seria esperado a redução de 9,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera”, pontua Vininha F. Carvalho.
Projetos de reutilização e destinação correta de resíduos já são objeto de atenção da indústria de alimentos há quase uma década no Brasil. Além das ações para fazer frente à legislação que instituiu a logística reversa de embalagens (Lei nº 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS), também tem incorporado rapidamente o conceito da economia circular.
Alguns exemplos destas iniciativas em prol da sustentabilidade se manifestam na redução da quantidade de plástico em garrafas de água e de papelão nas caixas de inúmeros produtos; o uso de materiais biodegradáveis; a adoção do plástico verde, feito de etanol; a inclusão de plásticos reciclados; e a diminuição do tamanho das embalagens.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) integra o grupo de 12 organizações representativas do setor empresarias, em 2015, assinou o acordo setorial federal para implementar a logística reversa de embalagens no Brasil.
“A solução para combater drasticamente essa poluição deve ser uma ação conjunta entre governos, empresas e cidadãos. A falta de comprometimento com as questões de sustentabilidade afeta diretamente o meio ambiente”, finaliza Vininha F. Carvalho.