Suporte tecnológico diminui custos da modernização da NFS-e
continua depois da publicidade
Diferentemente das notas fiscais de mercadoria, transporte, telecomunicação e energia, a Nota Fiscal de Serviço ainda não segue um modelo padronizado no Brasil. Isso porque como cada município tem sua própria alíquota, cada um criou seu próprio layout, documentado por alguns ainda papel.
Porém, com o objetivo de modernizar esse processo, foi criada a NFS-e (Nota Fiscal de Serviço Eletrônica), documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela Receita Federal Brasileira, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada para documentar as operações de prestação de serviços.
De acordo com dados do Governo Federal, atualmente, a lista de aderência à plataforma NFS-e conta com 113 entes, compostos por 15 capitais e 98 municípios.
“Apesar da melhoria na qualidade das informações, esse tipo de nota fiscal continuou com o problema de sempre: a diversidade de layouts que cada prefeitura escolheu para fazer a emissão. Por esse motivo, desde 2017 vem se estudando a NFS-e modelo nacional, que tem como foco unificar e simplificar os processos de emissão e guarda desses documentos”, explica Leonardo Brussolo, diretor de produtos na Sovos Brasil.
Integração de sistemas
Neste ano, o processo do modelo nacional voltou a ser pauta com projetos criados junto ao Fisco.
Segundo Brussolo, com essa mudança se tornando realidade, todas as pessoas envolvidas serão beneficiadas. As empresas passam a contar com a integração dos sistemas, cuja automatização da entrada, do prestador ao tomador, será realizada diretamente pela Secretaria da Fazenda para o processo fiscal não precisar esperar a entrega da nota.
“Além disso, com um modelo único, a escalada de emissão de documentos se torna mais simples, fica possível fazer cruzamentos fiscais com notas de outras cidades e traz transparência ao processo com o reconhecimento do tomador de algum prestador de serviço”, explica.
As prefeituras, por sua vez, terão redução de custos, já que as manutenções em sistemas de emissão passam a ser menos frequentes, além do aumento da agilidade para acessar informações. Já o Fisco passa a ter mais controle do fornecimento de informações repassadas pelos municípios, ou seja, irá reduzir as práticas fraudulentas.
Para Brussolo, as empresas – principalmente as que têm plantas em diversas localidades no Brasil – sempre tiveram dificuldade em operar em vários municípios. Porém, com essa mudança para o modelo nacional, contarão com menos complexidade e uma escalada mais simples e rápida.
“Para as empresas que detêm alto volume de emissão de NFS-e, esse processo será mais objetivo, e as organizações poderão contar com um suporte tecnológico automatizado menos custoso. A modernização é um caminho sem volta”, completa o executivo.