Alagamentos elevam os riscos de contaminação por doenças

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O verão é a estação mais quente e com o maior volume de chuvas em grande parte do Brasil, principalmente no Centro-Sul. A estação, que se estende entre dezembro e março, costuma ter o seu pico de temporais concentrado em janeiro, e este ano não foi diferente, graças à combinação de vários sistemas meteorológicos, como informa o Climatempo.

Entre os principais sistemas, ganha destaque a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), que faz com que fortes chuvas caiam ao longo de vários dias consecutivos. Além do mais, o verão começou sob a influência do fenômeno La Niña, que levou ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e influenciou o clima nos últimos meses, como mostra uma publicação da MetSul Meteorologia.

Para o mês de janeiro, a MetSul projeta chuva perto ou acima da média em grande parte do Centro-Oeste e da Região Sudeste do Brasil. O órgão alerta que algumas áreas devem ter excessos de precipitação com elevado risco de inundações e deslizamentos. O alerta vai para as cidades de Minas Gerais e do interior do estado de São Paulo, Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Gleison Pinheiro, diretor da DESENTUPIDOR PROFISSIONAL, que atua prestando serviços de desentupidora de esgoto em São Paulo (capital e interior), destaca que em situações de fortes chuvas, como as previstas para os próximos dias, os alagamentos são esperados sobretudo em metrópoles, como São Paulo (SP).

“Nas grandes cidades, os bueiros entupidos podem causar problemas como assoreamento de córregos e rios, além da contaminação tanto do lençol freático como da água de represas que os cidadãos consomem”, afirma.

Entre as diversas consequências dos alagamentos, prossegue, os bueiros entupidos podem levar à contaminação por doenças como leptospirose, hepatite e diarréia.

No Brasil, foram confirmados 41.602 casos de leptospirose apenas entre os anos de 2009 a 2019. Nesse intervalo, a doença levou à morte de 3.583 pessoas, com uma taxa de letalidade de 8,6%, com incidência acumulada de 19,8 por 100 mil habitantes, conforme dados presentes no Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde da Bahia.

Já os casos confirmados de hepatites virais no país, por sua vez, foram 718.651 entre 2000 a 2021. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D, conforme dados do Ministério da Saúde.

A diarreia, também mencionada por Pinheiro, foi responsável pela internação hospitalar de 3,4 milhões de brasileiros em um período de quinze anos (2000-2015), segundo dados do DATASUS e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, foram registradas 72 mil mortes pela doença no país.

Como resolver o problema de bueiro entupido?
De acordo com o diretor da DESENTUPIDOR PROFISSIONAL, é normal que muitas pessoas tenham dúvidas sobre como desentupir os bueiros e quais são as principais técnicas e ferramentas para isso. Ele explica que o bueiro é uma parte do sistema de esgoto que está do lado de fora das casas. Portanto, a responsabilidade por eles é da companhia de saneamento básico.

“Em São Paulo, por exemplo, a companhia responsável é a Sabesp. Por isso, quando o paulistano tem problemas com um bueiro entupido, deve reportar à companhia para que ela resolva o problema o mais rápido possível”, explica. “Se a solicitação não for atendida, os moradores podem, inclusive, recorrer legalmente na Justiça”, complementa.

Para concluir, Pinheiro ressalta que a ajuda especializada pode solucionar o problema de bueiros entupidos. “Uma equipe especializada em desentupimento recorre ao esgotamento e avalia o material que obstrui a rede. Assim, é possível remover o detrito com o auxílio dos equipamentos adequados, sem danificar a passagem subterrânea ou o piso”, explica.

Para mais informações, basta acessar: www.desentupidorprofissional.com.br