Polícia descobre vídeo em celular e prende envolvidos em incêndios
Grupo é acusado de atear fogo no Complexo Santa Cruz e Recanto Japonês
A Polícia Civil de Poços de Caldas prendeu duas pessoas e três adolescentes foram apreendidos na manhã de ontem, suspeitos de envolvimento em alguns incêndios a prédios públicos da cidade e outros atos de vandalismo.
A operação desencadeada, batizada de “Kasai” (fogo em japonês), contou com a participação de ao menos 25 policiais civis, sendo que de três homens presos, um já foi liberado, porque a Polícia descartou a participação dele nos crimes. Já os adolescentes foram ouvidos e liberados.
“Nós já excluímos a participação de um adulto, que nós vamos agora representar pela revogação da temporária de um deles, e dois já temos comprovada a participação. Nós ainda estamos investigando para ver se os depoimento vão bater, porque são seis depoimentos, já foram também identificados mais dois ou três suspeitos, que temos que continuar com as diligências para confirmação. Dos adolescentes, um já foi devidamente comprovada a autoria e os outros dois nós estamos investigando, porque um foi excluído e o outro ainda segue sob suspeita, não dá para excluir”, disse o delegado Fábio Ribeiro Faria Ferreira.
INCÊNDIOS
O grupo é suspeito de ter colocado fogo no prédio do Complexo Santa Cruz, onde funcionavam departamentos públicos e secretarias municipais. O prédio já havia sido interditado em julho de 2016 pelo Corpo de Bombeiros e estava fechado quando foi incendiado.
Ainda de acordo com os policiais, eles também são suspeitos de atearem fogo em agosto do ano passado na Casa de Chá, um dos principais pontos turísticos da cidade, que ficava no Recanto Japonês. Segundo o delegado do caso, o grupo também é suspeito de ter feito pichações em vários pontos da cidade.
No celular de um dos detidos, foi encontrado um vídeo do grupo dentro do Complexo Santa Cruz, um forte indício que praticamente confirmou a autoria dos delitos. Ele disse ainda que alguns dos detidos já confirmaram a participação nos crimes e a suspeita é de que eles estavam planejando um novo atentado a outro prédio público da cidade.
Se condenados, os acusados podem responder por quatro crimes, como dano qualificado, emprego de substância inflamável, associação criminosa e também pelo crime de incêndio. A Polícia Civil descartou que os crimes tivessem conotação política, por ter acontecido durante a campanha eleitoral. Para o delegado, o caso tratou-se de atos de rebeldia.