Acampamento bolsonarista é desmobilizado em Poços de Caldas

Trecho em frente ao Tiro de Guerra ficou ocupado por pouco mais de dois meses

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O acampamento bolsonarista que havia sido montado em frente ao Tiro de Guerra, localizado na Travessa Pedro Linguanotto, no Centro de Poços de Caldas, foi desmontado nesta terça-feira, 10.

Desde o fim do segundo turno da eleição presidencial, em 30 de outubro, bolsonaristas que não aceitavam a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo do que se aconteceu em outros pontos do país, decidiram acampar em frente à unidades militares, na esperança de que as Forças Armadas pudesse cometer um golpe de Estado para manter o então presidente no poder.

Ao longo de pouco mais de dois meses, centenas de pessoas passaram diariamente pelo local. Mesmo com as chuvas, os bolsonaristas conseguiram permanecer no local, pois havia uma estrutura mínima. O dia a dia do acampamento era compartilhado nas redes sociais.

O começo do fim aconteceu no domingo, 8, após o ministro Alexandre de Moraes ter determinado a desmobilização de todos os acampamentos nas imediações de unidades militares após os atos terroristas em Brasília.

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Ainda na noite de domingo, o proprietário de um imóvel, que locou garagem e banheiro para uso dos manifestantes, entrou em atrito com a pessoa que locou o espaço, depois que tomou conhecimento que poderia ser responsabilizado caso continuasse dando apoio ao movimento.

Ele levou um tiro na mão, após apontar uma arma para um policial militar de folga que estava no local. O homem e o policial foram levados à Delegacia de Polícia Civil e as armas (quatro da vítima e uma do policial) foram apreendidas.

Ontem, 9, o Comitê de Luta Popular de Poços de Caldas enviou carta às autoridades municipais, incluindo o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) e o chefe de Instrução do TG, subtenente Denis Marins de Paula, solicitando que o acampamento fosse desmontado.

Hoje, 10, o Coletivo Polis, movimento social que agrega dezenas de voluntários de diversas áreas na defesa dos direitos humanos e sociais fundamentais, reforçou o mesmo pedido.