Colégio Municipal volta às aulas e IF Sul de Minas suspende ocupação

Oito unidades ainda estão com atividades regulares paralisadas

As aulas regulares do Colégio Municipal Dr. José Vargas de Souza foram retomadas ontem, 31. A volta do expediente normal de ensino da grade curricular foi definida em acordo celebrado na tarde deste domingo, 30, entre a Administração Municipal e representantes do movimento Ocupa Municipal. Oito unidades ainda estão com atividades paralisadas em Poços de Caldas.

O prefeito Eloísio do Carmo Lourenço (PT) e a secretária de Educação, Maria Cláudia Prézia (PT), participaram da reunião. O acordo garante a retomada das atividades regulares, mediante a desocupação dos espaços usuais de aulas dos alunos regularmente matriculados.

Ao mesmo tempo, o documento também permite aos alunos manifestantes o direito de utilização dos espaços do prédio público para fins de conscientização acerca dos objetivos do protesto e suas finalidades, sem prejuízo das aulas.

A unidade escolar tem aproximadamente 2.200 alunos. As negociações com os alunos tiveram início na quinta-feira, 28, a pedido dos estudantes do Movimento “Ocupa Municipal”. O Colégio está ocupado desde terça-feira, 25, dentro de uma série de ocupações nacionais contra a PEC 55 (ex-PEC 241, de limite de gastos) e MP 746 (reforma do Ensino Médio).

IF SUL DE MINAS
O movimento de estudantes que ocupou o campus local do IF Sul de Minas divulgou nota oficial onde confirma a suspensão da ocupação, ocorrida ontem, às 6h.

A ocupação teve início no dia 24 de outubro e foi motivada pelo “descontentamento que se instalou entre os alunos diante das medidas propostas pelo governo, que implicam em cortes na educação, saúde e serviços sociais de caráter primário”.

Os motivos que levaram à suspensão das ocupações no campus foram motivadas “na tentativa de melhorar o movimento e garantir a integridade física dos integrantes, uma vez que sofremos retaliação e ameaças de invasão”.

A pausa também se deu como forma de buscar maior apoio e posicionamento de outras classes que também serão prejudicadas por essas medidas, dando chance para uma maior abertura do diálogo e da conscientização de toda a comunidade sobre os acontecimentos políticos em questão.

A demanda dos alunos de Ensino Médio integrado pelas aulas regulares, uma vez que estamos próximos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), também teve grande força nessa decisão, já que o movimento busca justamente defender o direito à educação.

Assim, ficou acordado com a direção do campus que a suspensão da ocupação ocorrerá mediante cumprimento das seguintes demandas: concessão de um espaço para instalação da sede do Diretório Central dos Estudantes e Diretório Acadêmico; registro simbólico, em nome da resistência, da força e das lutas estudantis; compromisso da direção em incentivar eventos de conscientização e esclarecimento políticos e sociais para os alunos; posicionamento dos servidores do campus em relação as medidas instaladas pelo governo, através de comunicado oficial.