Malha fina teve um aumento de 18% em relação ao ano passado
Fazer o Imposto de Renda é um motivo de preocupação para muitas pessoas. Seja por conta de dúvidas na hora de preencher as informações ou então pelo fato de ter que juntar muitas documentações.
Neste ano, conforme divulgado pela Agência Brasil, a Receita Federal reteve um total de 1.032.279 declarações de Imposto de Renda. Este número é equivalente a 2,7% de todas as declarações enviadas de março até setembro de 2022, que totalizam 38.188.642.
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De acordo com a Receita, o principal motivo das retenções terem caído na malha fina é por conta de omissão de rendimentos, que correspondeu a 41,9% dos casos. Em segundo lugar, com 28,6%, ficaram os problemas com dedução.
Os rendimentos não informados incluem ações judiciais, salários, e rendimentos de aluguel. Já as deduções, envolvem as pensões alimentícias, previdência oficial ou privada e gastos médicos.
Para “fechar a conta”, a Receita ainda informou que 21,9% foram retidos por conta de divergências entre os valores de Imposto de Renda retidos na fonte e o declarado pela pessoa física, entre outros itens.
E ainda, outros 7,2% são devido a deduções de imposto devido, divergência de informação sobre pagamento de carnê-leão ou imposto complementar e recebimento de rendimentos acumulados.
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Como verificar?
Todos aqueles que caíram na malha fina são notificados por correspondência. O objetivo é avisar sobre o prazo para realizar a retificação caso tenha ocorrido algum erro durante a declaração do Imposto de Renda, para que o mesmo regularize a sua situação.
A Receita ainda aconselha que os notificados verifiquem seus extratos no Centro de Atendimento Virtual (e-CAC), onde são apresentados todos os detalhes sobre o que precisa ser ajustado e os motivos de ter caído na malha fina.
Cair na malha fina não significa que automaticamente a pessoa terá que arcar com a multa, já que ela tem essa oportunidade para fazer a retificação. No entanto, sem dúvidas, o ideal é evitar que erros aconteçam, para que essas ações posteriores não sejam necessárias.
Sobre este aumento de casos na malha fina, o CEO e contador da contabilidade digital AccountTech, Vanderson Silva, destaca que “o melhor é sempre procurar um profissional qualificado para orientar e realizar a declaração do IR. Afinal, são vários os motivos que podem levar alguém a cair na malha fina, e o contador vai ajudar a achar a melhor opção para ajudar o seu cliente”.
Por conta dessa possibilidade de ser contestado pela Receita, é recomendado que os contribuintes sempre guardem as suas documentações em locais seguros e façam cópias daquelas que correm o risco de “apagar” com o tempo.
O ideal é que estes comprovantes originais permaneçam sob a posse do contribuinte por, pelo menos, 5 anos. Assim, caso qualquer detalhe seja contestado, o mesmo tem como recorrer com a apresentação das documentações.