Bastidores 13/10/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas e região.
2024 É LOGO ALI
Passado o período eleitoral de 2022, deve ter início nos próximos meses as articulações para a sucessão municipal de 2024. Com isso, o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) terá pela frente um longo desafio: o de tentar reunificar sua base na Câmara Municipal após o traumático processo de 2022 – cuja ferida ainda está longe de cicatrizar. Fora do legislativo, precisará também manter sua base política embaixo do seu guarda-chuva. Com um União Brasil muito mais poderoso no cenário nacional e regional do que o PSDB, não seria surpresa se o grupo do prefeito e do vice-prefeito caminhassem separadamente nas próximas eleições em mais um flashback das eleições de 2020.
PRÓXIMA JOGADA
Tal qual um tabuleiro de xadrez, Azevedo dará sinais do que vislumbra para sua sucessão com uma jogada que merece ser observada: o retorno de Celso Donato (PSD) para seu secretariado nos próximos dias. Caso opte por alocá-lo em uma pasta com mais visibilidade do que a de Governo – a Saúde seria uma das opções – deixará claro para o grupo que este continuará a ser sua aposta política. O que, obviamente, poderá desagradar a muitos.
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MEA CULPA
Apesar de tantos resultados ruins entre os candidatos da cidade, ao menos uma pessoa tem todo o direito de comemorar: a candidata a deputada estadual Cacá D´Arcádia (PT). Sua performance foi uma grata surpresa entre os candidatos locais e representa uma espécie de frescor e renovação na política poços-caldense. Calou a boca de muitos, inclusive a deste colunista, que meses atrás se referiu a sua candidatura como “capitania hereditária”. Seu espaço já é tão seu que não há nem mais necessidade de se citar de quem ela é filha. Cacá D´Arcádia se tornou apenas a Cacá. E isso já é mais do que suficiente para se orgulhar.
DISCURSINHO
O resultado pífio do Partido Novo em todo o país fez com que a legenda não alcançasse a cláusula de barreira. Com isso, seus candidatos perdem uma série de direitos como, por exemplo, o de participar de debates de rádio e TV já nas próximas eleições. Fica claro, portanto, que o discursinho de única nota dos seus candidatos no que diz respeito ao fundo eleitoral simplesmente não colou e pouco importou ao eleitor. Em Minas Gerais, o resultado é ainda mais catastrófico: mesmo com um governador eleito em primeiro turno, a sigla sequer conseguiu fazer um deputado federal. Haja incompetência.
FUSÃO
Por falar nisso, o governador Romeu Zema (Novo) declarou que já haveria articulações para uma fusão do partido com outra sigla visando se atingir a cláusula de barreira. O presidente do Novo em Minas Gerais, Ronnye Antunes, afirmou ao jornal “O Tempo” de que a posição do diretório estadual é totalmente contrária à fusão.
RODAPÉ
Já há quem aposte que o primeiro a abandonar o Novo em Poços de Caldas será André Vilas Boas. O destino seria o PSDB ou o União Brasil. A conferir.