Câncer de Mama: tratamentos contam com novas terapêuticas para brasileiras
A pouco menos de um mês do início do alerta contra o câncer de mama – Outubro Rosa -, o Brasil viu a chegada de novas drogas para o tratamento da doença, assim como estudos avançados, que trazem melhores perspectivas para as mulheres que travam luta contra a doença.
O uso do medicamento Transtuzumabe Deruxtecana foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso ampliado contra o tipo de câncer de mama mais agressivo, o HER2.
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Esta nova droga esteve no centro das atenções das discussões no Associação Norte-Americana de Oncologia Clínica, o Asco, encerrado em 7 de junho, em Chicago (EUA).
“O câncer de mama é o tipo mais prevalente entre todas as neoplasias. Estima-se que uma em cada oito mulheres que viverem até os 75 anos de idade terão câncer de mama. Por isso, as novas descobertas da ciência chegam num momento que a medicina, em várias áreas, tenta fazer frente aos desafios que a longevidade tem imposto para equacionarmos o viver mais com o viver com saúde”, diz o oncologista Bruno Santucci, diretor Médico da Hemomed Oncologia e Hematologia.
De acordo com ele, nos últimos dois anos foram realizadas descobertas de medicamentos que aumentaram, significativamente, a sobrevida das pacientes com todos os subtipos de câncer de mama.
Para um subtipo chamado triplo negativo, que acomete mulheres mais jovens e representa 15% dos casos, recentemente a imunoterapia se mostrou eficiente tanto no cenário de doença localizada, para ser usada antes do tratamento cirúrgico, como no cenário de doença metastática. ]
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De características mais agressivas, o triplo negativo registrou redução de 27% na chance de morte quando comparado ao uso apenas da quimioterapia convencional.
No subtipo com expressão da proteína HER2, seja em hipreexpressão ou baixo expressor, a medicação Trastuzumab Deruxtecan apresentou resultados favoráveis em pacientes com doença metastática que tinham falhado a pelo menos uma linha de tratamento. Neste cenário, houve redução de 45% na chance de morte com a medicação em relação à terapia padrão.
“É muito gratificante observar a ciência evoluir no tratamento de um tipo de câncer que apresentou aumento de casos da ordem de 40% nas últimas três décadas, segundo estudo do Inequalities in the Burden of Female Breast Cancer in Brazil”, diz o diretor Médico da Hemomed. Ao redor do mundo, algumas pesquisas seguem com resultados animadores e apontam para, inclusive, vacinas contra o câncer de mama.