Bastidores 28/06/22
O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços de Caldas.
RINHA DE SAPATÊNIS
Em um primeiro momento, ainda em 2021, o então pré-candidato a deputado estadual André Vilas Boas (Novo) decidiu mudar de rumo e tentar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo partido de Romeu Zema. Não esconde de ninguém até hoje que a escolha de Celso Donato (PSD) como o nome governista também a uma vaga em Brasília foi fator fundamental para a decisão – embora publicamente, tenha dito que a sigla o teria pressionado nesta decisão. Mentira, claro, afinal o foco do Novo em Minas Gerais é a Assembleia Legislativa do Estado. Vilas Boas e Donato competirão, portanto, por um mesmo perfil de eleitor. Mais do que isso: por uma mesma militância. A disputa, claro, já começou.
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RACHA
Entre amigos, Vilas Boas confessa ter torcido bastante para que Donato trocasse o PSD pelo PSDB. Afinal, como o ex-tucano explicaria para o eleitor o apoio do seu partido a Alexandre Kalil e ao ex-presidente Lula, por exemplo? Outro ponto curioso do pré-candidato é a formação de sua equipe de campanha que desde a semana retrasada passou a contar com o professor Glaupiner Carvalho como uma das cabeças pensantes e o então braço direito do tucanato local, Ideraldo Silva, como incentivador na cidade.
DOBRAS
Em Poços de Caldas, Vilas Boas fará uma dobra com o vereador Flavio Togni de Lima e Silva (PSDB). Flavinho já marcou uma reunião no Hotel Nacional, às 19h da próxima quinta-feira, para apresentar a pré-candidatura à algumas lideranças. No Sul de Minas, no entanto, ela já enfrenta uma traição dentro de casa. Anunciada com pompa e circunstância meses atrás, o ex-prefeito de Ouro Fino, Dr. Mauricio Carvalho, decidiu abrir a cidade para o ex-prefeito de Caldas, Ulisses Guimarães Borges (MDB). Parceria forte, uma vez que o médico também é considerado uma grande liderança em nosso município vizinho.
VAZIO
Pelos lados da Casa Amarela, André Vilas Boas é visto como um menino mimado e sem apoio popular. Sobretudo, mal orientado e que não deve ser levado a sério. Seu principal problema, de acordo com a situação, seria a falta de um discurso e uma bandeira realmente sua. Na ausência desses fatores, a visão é de que pré-candidato serve apenas como um papagaio do partido Novo, repetindo frases, lemas e jargões que envelheceram de 2018 de pra cá. Prova de que talvez a visão do grupo esteja certa são as postagens do pré-candidato nas redes sociais. Ao defender que apenas quem tem estudo deva concorrer a um cargo público, mostra-se elitista e preconceituoso. Ao gravar um vídeo no bairro São José, contra o sol, de camisa social de marca e cabelo milimetricamente penteado, passa a sensação de que os pobres para ele servem apenas como bucha de canhão.