Saúde integral da mulher: cuidados vão além de exames ginecológicos

Com a proximidade do Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, comemorado no dia 28 de maio, a atenção é voltada para a importância da promoção integral da saúde feminina.

Por isso, para além das consultas e exames ginecológicos, é fundamental que as mulheres, de todas as faixas etárias, fiquem atentas ao seu corpo, adotando cuidados diários, que farão toda a diferença na qualidade de vida e no bem-estar feminino, é o que explica a médica endocrinologista do Sabin Medicina Diagnóstica de Florianópolis, Cristina Schreiber.

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De acordo com a especialista, a promoção da saúde integral da mulher deve incluir, além das avaliações e exames ginecológicos, uma avaliação periódica da saúde como um todo, que inclui diversas outras especialidades.

“O ideal é consultar também um clínico geral ou um cardiologista, que solicitarão exames complementares (laboratoriais e de imagem) para pesquisar riscos de doenças cardíacas, diabetes, dislipidemias (problemas de colesterol), doenças sexualmente transmissíveis, anemias, problemas de tireoide, entre outros”, afirma a endocrinologista.

Entre os exames de rotina mais comuns estão hemograma, glicemia (para descartar a diabetes), colesterol, triglicérides, TSH (tireoide), PCR-us (risco cardíaco), ácido úrico, urina e alguns para as IST’s (doenças sexualmente transmissíveis). Dependendo do histórico de saúde da paciente, o médico indicará novos exames laboratoriais e de imagem.

“Cada pessoa tem um organismo diferente. Então, é fundamental investigar, com atenção, antecedentes pessoais e familiares, estilo de vida, hábitos alimentares e estresse (pessoal e profissional). No caso das mulheres, ter os exames em dia pode prevenir, além de diferentes tipos de câncer (mama, útero, ovário, entre outros), doenças cardiovasculares e diabetes, que hoje têm alta incidência na população feminina”, afirma a médica.

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Manter o corpo saudável requer também cuidados com alimentação e a prática regular de atividades físicas.

“Em todas as etapas da vida, é preciso manter o corpo em movimento com exercícios físicos regulares e ter atenção ao que se come. É importante evitar alimentos gordurosos e industrializados que propiciam o surgimento de uma série de patologias, além de cuidar da saúde mental, que também é porta de entrada para um outro conjunto de doenças”, alerta.

Mortalidade materna
Na mesma data, também foi instituído pela Portaria do Ministério da Saúde nº 663/94 o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de morte de mães no mundo são hemorragias graves, hipertensão na gestação, infecções, complicações de abortos e coágulos sanguíneos.

“É de fundamental importância realizar as consultas regulares do pré-natal, garantindo assim a saúde plena do binômio mãe-feto, por meio da aferição da pressão arterial, acompanhamento da glicemia no sangue, dosagem dos hormônios da tireoide, observação de inchaços/cansaço da gestante, e outros sinais e sintomas”, complementa Cristina Schreiber.