Setor moveleiro estima alta de R$ 2 bi com feiras presenciais
Após dois anos de inatividade devido à pandemia de Covid-19, as duas maiores feiras internacionais do segmento de móveis foram realizadas de forma conjunta em março deste ano, na cidade gaúcha de Bento Ribeiro, movimentando o setor e gerando a projeção de mais de R$ 2 bilhões em negócios futuros para os 12 meses posteriores ao evento.
Durante quatro dias, a Fimma Brasil (Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis) e a Movelsul Brasil receberam mais de 30 mil visitantes, com compradores provenientes de 18 países, que puderam participar de Rodadas de Negócios Internacionais. A Fimma é uma das maiores feiras do segmento no mundo e costuma apresentar as mais recentes tecnologias, insumos e equipamentos do setor. Já a Movelsul é a principal feira de móveis da América Latina em área de exposição, número de expositores e visitantes profissionais.
Para Rogério Francio, presidente da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), a volta dos encontros presenciais permite uma troca mais intensa entre vendedores e compradores, além de possibilitar tomadas de decisão de investimentos mais seguras. “É verdade que bons negócios podem ser feitos de modo remoto, mas nada substitui o olho no olho, o aperto de mãos, a experiência de estar próximo ao empresário ou prestador de serviços. Esse contato é essencial para uma boa leitura do mercado”, afirma.
O presidente da Fimma 2022, Euclides Rizzi, por sua vez, destacou como o grande diferencial do evento a questão da inovação tecnológica. “Além de apresentarmos produtos como máquinas, softwares e matérias-primas, criamos o Ecossistema de Inovação, um espaço contou com a presença de 14 instituições e empresas parceiras, assim como quase 30 palestras sobre os mais diversos temas ligados à inovação”, pontuou.
A previsão de que a movimentação gerada pelas feiras ultrapasse a cifra de R$ 2 bilhões foi feita da seguinte forma: o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves), entidade que promove a Movelsul, estimou que atual edição da feira movimente R$ 379 milhões em negócios, ao passo que a Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), responsável pela Fimma, faça girar um montante de US$ 330 milhões (ou cerca de R$ 1,64 bilhão).
As entidades, dessa maneira, estimam um crescimento de nominal de 15% em relação às últimas edições presenciais (Movelsul em 2018 e Fimma em 2019), com um período de 12 meses para que as transações se concretizem, visto que, em alguns casos, as feiras são o primeiro contato para os negócios.
Priscila Prieto, responsável pela Prieto Móveis, empresa especializada em serviços de marcenaria e móveis planejados e modulados, acredita que os móveis “funcionais e práticos”, que podem aliar “conforto e integração dos ambientes”, devem ditar a moda nesta temporada de 2022.
A profissional avalia que a realização, de forma presencial, das principais feiras do setor tende a deixar mais aquecido o mercado de móveis planejados, impulsionando toda a cadeia produtiva do segmento.
Prieto também aposta que a nova configuração do ambiente laboral, com o avanço do teletrabalho e do formato híbrido, também irá impactar a área. “Com o aumento do home office as pessoas começaram a decorar sua residência e automaticamente a planejar seus móveis totalmente funcionais”, diz ela.
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