Bastidores 07/04/22

O jornalista Rodrigo Costa comenta os principais fatos dos bastidores de Poços, Minas e do país.

CONFRARIA
No dia 7 de abril de 2021, foi realizada de forma virtual a primeira reunião do Conselho Municipal de Inovação e Tecnologia de Poços de Caldas. Para a presidência, foi eleito o secretário municipal de Desenvolvimento e Trabalho, Thiago Mariano. A vice-presidência foi ocupada por Fernando Villas Boas e os trabalhos de secretaria ficaram com Marcelo Munhoz. Por coincidência (ou não), o trio mantém amizade de longa data. Ainda na primeira reunião, Rubens Massa Mussolin, outro amigo, estava na condição de conselheiro suplente.

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LAÇOS
Thiago Mariano e Rubens Mussolin foram sócios da Solve, que se autointitulava um espaço colaborativo e inovador com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e a capacitação empresarial. A sede se localizava no casarão da rua Junqueiras, 150. O negócio acabou não prosperando, mas um projeto surgido ali foi mantido: o Clube de Empresários, do qual Villas Boas é associado. Já Munhoz, que também atuava no Clube, tinha planos de levar esse projeto para São João da Boa Vista, em sociedade com Mariano. Como a iniciativa não deu certo, ele conseguiu ser nomeado para a Sedet.

A ASSOCIAÇÃO
Na quarta reunião realizada pelo Conselho, Mariano informou a assinatura do Protocolo de Intenções para a instalação da Myralis Pharma em Poços de Caldas. Em contrapartida, foi comunicado que a empresa faria um aporte de R$ 315 mil em doação para o Fundo Municipal de Inovação e Tecnologia. Na quinta reunião do Conselho, com quórum extremamente baixo, foi discutida a melhor forma de se gerir os recursos do Fundo. Após longa discussão, Thiago Mariano sugeriu a criação de uma Associação para fazer a gestão destes recursos.

O ESTUDO
Na sexta-reunião, Thiago Mariano informou as contrapartidas das demais empresas que pleiteiam lotes no Distrito Industrial. O valor total destinado ao Fundo seria de aproximadamente R$ 1,7 milhão. Na sétima reunião, foi votado e aprovado a realização de um estudo para a criação de uma Associação. Rubens Mussolin Massa foi eleito para coordenar esse estudo.

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MINISTÉRIO PÚBLICO
Em setembro do ano passado, o Ministério Público recebeu uma denúncia anônima com detalhes sobre como Mariano, Mussolin, Vilas Boas e Munhoz estão desvirtuando o real objetivo do Conselho, através da tentativa de criação de uma associação privada para a gestão dos recursos. A denúncia frisa que as reuniões ferem o princípio da publicidade, já que elas não são divulgadas por nenhum meio. Cita também a aprovação pelo Conselho da realização de um estudo para a criação de uma Associação privada e o descumprimento por parte de Mussolin que, diferentemente do que foi aprovado pelo Conselho, não apresentou o estudo, optando por ignorar o que havia sido decidido e constituir uma assembleia para criação da Associação.

PARA RELEMBRAR…
Rubens Mussolin Massa é responsável pela empresa “A Recreativa”, que venceu um processo de R$ 2 milhões por inexigibilidade tornado público essa semana, para implantação de um serviço de método de aprendizagem na Secretaria de Educação.

RODAPÉ
Essa história não acaba aqui. Na coluna Bastidores desta sexta-feira, mais informações sobre a denúncia enviada ao Ministério Público contra o quarteto.