Índice Firjan mostra piora de Poços de Caldas na gestão fiscal

Após recuperação entre 2013-2016, índice piorou a partir de 2017

Divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) na quinta-feira, 21, Poços de Caldas ficou na última colocação entre o comparativo das maiores cidades do Sul de Minas no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que analisa a capacidade fiscal dos municípios, com base em dados oficiais.

A análise em questão levou com consideração as contas do ano base de 2020 e mostra que o quadro fiscal de Poços de Caldas é preocupante, obtendo nota 5,7 enquanto outros municípios vizinhos de mesmo porte, como Pouso Alegre e Varginha, obtiveram nota 9,2 e 8,0 respectivamente.

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Os comparativos são realizados com base em alguns indicadores, como autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos.

Em 2016, por exemplo, último ano da gestão do ex-prefeito Eloisio do Carmo Lourenço (PSB), o município aparecia no ranking nacional de gestão fiscal em 530° lugar e 72° lugar no índice estadual, com uma nota geral de 7,1.

Em 2020, último ano do primeiro mandato do prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), com cenário bem diferente, Poços de Caldas aparece no ranking nacional como 2.471° lugar e 381° lugar em nível estadual com uma nota geral de 5,7.

Nas categorias analisadas, o único índice positivo é o de autonomia. O ano base 2019 foi o pior momento da gestão fiscal de Poços de Caldas na década passada, quando atingiu a 3.740ª posição no ranking nacional e a 684ª posição no ranking estadual. Resultado semelhante só havia sido registrado em 2011.

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“Nos demais, o município aparece elencado como cidade com dificuldade em liquidez; com dificuldades quanto ao gasto com folha de pessoal e em estado crítico acerca de investimentos, retirando o protagonismo daquela que é considerada a maior cidade do Sul de minas”, disse o vereador Lucas Arruda (Rede), autor de pedido de informações sobre os índices de responsabilidade fiscal de Poços de Caldas, que se mostra preocupado com a situação fiscal do município.

No pedido de informações, ele questiona a Prefeitura sobre quais os motivos para tamanho regresso no índice Firjan desde 2017, solicitando detalhamento da justificativa e o que a Prefeitura tem feito para mudar essa situação, pedindo o envio de relatórios de ações detalhadas.