Comissão discute situação de famílias em áreas da Cemig
A situação de aproximadamente 400 famílias que vivem em áreas de servidão da Cemig em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, será discutida em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A reunião será nesta terça-feira (22/10/19), às 14h30, no Auditório José Alencar, a requerimento da deputada Marília Campos (PT). Segundo a parlamentar, o problema se repete em outras cidades do Estado. A estimativa é que 22 mil famílias mineiras estejam nesta situação.
Em Contagem, as famílias estão, sobretudo, nos Bairros Nova Contagem, Vila Nova Esperança e Vila Feliz. Durante reunião no Plenário da ALMG, no último dia 1º, Marília Campos criticou a Cemig pela falta de diálogo e defendeu uma solução negociada.
“Tentamos negociar várias vezes. E, agora, a resposta da Cemig é de tirar as famílias na marra, sem indenização, sem discutir uma proposta que garanta moradia digna. Há famílias que moram nessas áreas há 20, 30 anos, não por escolha, mas por imposição da vida”, afirmou naquela ocasião.
Ainda segundo a deputada, muitas famílias foram enganadas por grileiros e, ingenuamente, pagaram pelos terrenos. Ela aponta que tem feito questão de acompanhar de perto todo o processo com a Cemig e que será “muito firme” ao defender o interesse e a dignidade das famílias. “Vamos discutir com intermediação do Ministério Público. A Cemig tem que ter uma postura de dialogar”, reforçou.
Além da promotora de Justiça Cláudia Spranger e Silva Luiz Motta, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário, foram convidados também representantes do Estado, da Cemig, da Defensoria Pública e dos moradores.
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