Bebê foi agredido durante duas horas pelo pai
Mãe admitiu aos policiais que o pai foi o autor das agressões
A Polícia Civil de Andradas concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 28, e apontou que a bebê Hiago foi espancado por duas horas na noite antes da morte.
Segundo os delegados Fabiano Mazzarotto e Michele Rocha, o pai do bebê, Alexandre Montanholi, 23, teria espancado o filho entre às 19h30 e às 21h30 de terça-feira, 26. A revelação teria sido feita pela própria mãe de Hiago, Ana Carolina Lourenço Cândido, 19.
Os policiais civis ouviram os acusados de forma separada. O pai negou com veemência que teria cometido qualquer tipo de agressão e chegou a demonstrar certa frieza, na avaliação dos policiais.
A mãe também negou as agressões, mas depois acabou admitindo que o pai havia batido na criança com tapas no rosto e joelhas no abdômen.
Segundo Ana Carolina, o motivo das agressões contra o bebê seria o choro frequente, causado por dores abdominais, o que é comum em crianças nesta faixa etária.
A acusada disse que tentou tirar a criança de perto do pai quando as agressões começaram, mas depois não tomou outras providências, como acionar a Polícia Militar ou pedir socorro, o que demonstra que ela foi omissa em relação à violência sofrida pelo filho. Os policiais observaram que ela tentou se eximir da culpa durante o depoimento.
Ana Carolina só tomou alguma atitude quando por volta de 1h30 de quarta-feira observou que a criança não havia acordado para ser amamentada. Ao perceber que o bebê estava com dificuldades respiratórias, acionou o SAMU.
A Polícia Civil investiga ainda se as agressões contra o bebê já vinham ocorrendo anteriormente. O casal segue preso no Presídio de Andradas e deverá responder por homicídio qualificado.
Os delegados informaram que a prioridade é concluir o inquérito e que em relação ao atendimento ao bebê feito na Santa Casa, quando o médico plantonista não observou sinais de lesão na criança, serão apurados posteriormente.
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