Ordem do Dia 24/07/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista Político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
O “Tribunal Racial” da USP (Universidade de S. Paulo), foi reinventado pela Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento (o nome seria esse mesmo) daquela universidade.
Agora, o Tribunal contará com a participação de outros membros da comunidade universitária. Não serão apenas burocratas a proferir a sentença: “culpado por parecer ser branco”.
Uma sentença tão inconclusiva quanto seu oposto: “absolvido por parecer ser preto, pardo ou tupi-guarani”. Lembrando que nenhuma dessas decisões teria qualquer consistência científica, empírica ou acadêmica.
Um provimento verdadeiramenre “tabajara”, oficialmente da lavra da maior universidade brasileira. Um Tribunal do Crime, do PCC, não faria lambança maior. Apenas mais cruel.
Esta coluna já criticou essa aberração outras vezes. O fato desse tribunal racial, a partir de agora, contar com mais gente, não resolve o problema.
Qual seja: trata-se de um órgão inconstitucional, que promove a discriminação racial, a exemplo de outras práticas vigentes na Alemanha nazista.
Somente este ano, houve 204 contestações de decisões desse órgão. E outras tantas reformas, promovidas pelo Poder Judiciário.
Esse não seria um problema exclusivamente da USP. Mas lá seria mais rumoroso. Em todos os lugares onde coisas semelhantes acontecem, temos decisões anti-cientificas. Uma barafunda.
Além do conceito de raça ser amplamente controvertido, ou polêmico, num país como o Brasil, miscigenado por definição, essa questão seria, no mínimo, ridícula. Os puros de raça que lancem a primeira pedra. Sob pena de parecerem apenas idiotas.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com