Explosão de casos de dengue evidencia papel do cloro

O uso da água sanitária é fundamental na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão

O contágio por dengue, somente nas cinco primeiras semanas de 2024, está até quatro vezes maior do que no mesmo período do ano passado.

Foram confirmadas 40 mortes e calculam-se quase 370 mil casos de transmissão da doença a serem averiguados. Minas Gerais decretou emergência, com o objetivo de facilitar o enfrentamento da dengue, bem como os estados de Goiás, Acre e o Distrito Federal.

A cidade do Rio de Janeiro também tomou a mesma providência às vésperas de receber milhares de turistas para o Carnaval.

Em recente pronunciamento, a Ministra da Saúde Nísia Trindade enfatizou que o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, exige cuidados fundamentais no dia a dia, como tampar as caixas d’água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos e retirar água acumulada dos vasos e plantas.

Também é importante manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos, e usar lonas esticadas para cobrir materiais de construção e assim evitar o acúmulo de água.

De acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, fornecedora de cloro para o tratamento de água do Estado do Rio de Janeiro, o uso da água sanitária é fundamental na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão, principalmente em comunidades com alta densidade populacional – em que um único mosquito pode fazer várias vítimas.

“A base da água sanitária é o hipoclorito de sódio, empregado tanto na desinfecção de ambientes, como na potabilização da água, no tratamento de piscinas, efluentes industriais etc.”, diz Freitas.

“Além de ajudar a prevenir a população contra as doenças provocadas pelo Aedes aegypti, o uso de água sanitária também previne a leptospirose – doença transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, especialmente de ratos. Quando ocorrem enchentes, pessoas e animais estão muito mais expostos a esse tipo de contaminação”.

Segundo o executivo, misturar uma tampinha de água sanitária em um litro de água deveria ser o principal recurso na limpeza de cozinhas e banheiros, na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc.

“A população se acostumou a reforçar a limpeza da casa com água sanitária durante a fase crítica da Covid-19. Mas esse hábito deve ser permanente, já que é tão importante manter a higiene dos lares, escolas, clubes, instituições de saúde e todo negócio voltado para o atendimento público”.