Ordem do Dia 15/01/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Novamente, o jornal O Tempo, em matéria de página inteira, criticou a atividade parlamentar, da Assembleia mineira.
Desta feita, questionando o fato de alguns parlamentares, da Tribuna, abordarem temas de interesse restrito, se dirigindo às suas bases. A pergunta que se segue é simples: por que não?
Ao contrário dos cargos majoritários, como governador, prefeito ou presidente, que são objetos de escolhas maciças do eleitorado, os deputados, ao contrário, representam segmentos da população. Ou regiões específicas.
Nessa medida, de certa forma, o candidato a cargo proporcional “escolhe” o eleitorado que pretende representar. Lançando sua candidatura. Seja uma região, um conjunto de municípios, uma corporação ou alguma categoria de classe.
Por essa razão, há deputados que representam policiais, professores, agricultores, municípios, etc. Consequentemente, tendem a ter uma atuação política dirigida aos segmentos que os apoiam.
Sendo que a Tribuna funciona como uma espécie de púlpito, onde os parlamentares fazem sua “profissão de fé”, dirigindo-se aos seus “fiéis”.
Por outro lado, essa obsessão pela produção de leis, que muitos cobram dos parlamentos, não faria sentido. Temos dezenas de milhares de leis, resoluções, decretos e portarias. Federais, estaduais e municipais. Nem por isso, nossos problemas estão resolvidos.
É justo que a imprensa critique, fiscalize e exija resultados. Mas seria bom que também ponderasse, ou equacionasse, o problema, contribuindo para a solução. Parece claro que as coisas não vão bem. Quais seriam as propostas?