Empresas brasileiras buscam apoio para otimizar nuvens

Objetivo é controlar custos e distribuir melhor suas cargas de trabalho em múltiplas nuvens públicas

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Em um mercado de nuvem cada vez mais competitivo, as empresas brasileiras estão buscando ativamente suporte de fornecedores para controlar custos e distribuir melhor suas cargas de trabalho em múltiplas nuvens públicas, de acordo com um novo relatório de pesquisa publicado hoje pelo Information Services Group (ISG), uma empresa líder global em pesquisa e consultoria tecnológica.

O relatório 2023 ISG Provider Lens Multi Public Cloud Services para o Brasil conclui que o mercado de nuvem do país está amadurecendo e os hiperscaladores estão competindo agressivamente por negócios.

Para aproveitar ao máximo o potencial da nuvem, um número crescente de empresas brasileiras está buscando modernizar seus aplicativos para aproveitar melhor as tecnologias nativas da nuvem, como infraestrutura como código (IaC), computação sem servidor, data lakes, APIs, IA e ML, o relatório do ISG diz.

“Há uma pressão crescente sobre os fornecedores para otimizar as operações em nuvem”, disse Bernie Hoecker, sócio e líder de transformação de nuvem empresarial do ISG. “No ano passado, muitas empresas brasileiras substituíram seus fornecedores tradicionais por outros mais competentes.”

A política e a economia são as forças por trás da crescente ênfase na otimização da nuvem por parte das empresas brasileiras, afirma o relatório do ISG.

“A mudança no governo federal em 2022 e as incertezas econômicas globais em 2023 levaram as empresas a reconsiderar os seus investimentos em inovação e a dar prioridade a projetos que possam proporcionar maior eficiência e optimização dos processos empresariais”, afirma o relatório.

As nuvens públicas oferecem economias de escala e fornecem às empresas uma plataforma de computação altamente eficiente, afirma o relatório do ISG. Existem oportunidades de otimização mesmo para empresas que já operam na nuvem pública, afirma o relatório.

As empresas consideram os serviços em nuvem, como o uso de análises baseadas em IA, novos modelos de ML e IA generativa, como oportunidades para repensar os processos de negócios e melhorar ainda mais a eficiência, afirma o ISG.

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De acordo com o relatório do ISG, os hiperescaladores no Brasil estão oferecendo descontos ou incentivos para acelerar as migrações para a nuvem, conquistando clientes de seus concorrentes. O redimensionamento dos recursos da nuvem pode reduzir a fatura mensal de uma empresa em 20 a 40 por cento, afirma o relatório.

“A desaceleração econômica no Brasil impulsionou o mercado de serviços em nuvem a se tornar mais competitivo em termos de preços”, disse Jan Erik Aase, sócio e líder global da ISG Provider Lens Research. “Para as empresas, é o momento ideal para planear migrações para a nuvem e se beneficiar de preços baixos.”

O relatório também examina como os principais fornecedores estão usando análises avançadas para antecipar gastos na nuvem e ajudar os clientes a evitar custos inesperados.

O relatório avalia as capacidades de 45 fornecedores em sete quadrantes: Consulting and Transformation Services for Large Accounts, Consulting and Transformation Services for Midmarket, Managed Services for Large Accounts, Managed Services for Midmarket, FinOps Services and Cloud Optimization, Hyperscale Infrastructure and Platform Services, e SAP HANA Infrastructure Services.

O relatório nomeia Dedalus como Líder em cinco quadrantes, Compass UOL como Líder em quatro quadrantes e TIVIT como Líder em três quadrantes. Accenture, AWS, BRLink, Capgemini, Kyndryl, Microsoft, Nextios, Sky.One, V8.Tech e Wipro são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada, enquanto Atos, Google e Unisys são nomeadas Líderes em um quadrante cada.