Ordem do Dia 03/01/24
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
Esta coluna, comentando uma pesquisa realizada nos EUA, fez a seguinte afirmação: mesmo que os números apresentados estejam corretos, sua interpretação, aparentemente, não faria sentido.
No caso, a pesquisa concluiu que, se a eleição fosse hoje, Trump venceria Biden, numa disputa pela presidência daquele país. Ok.
Entretanto, apesar de Trump ser majoritariamente visto como “racista”, pelo eleitorado norte-americano, teria o apoio de 20% dos negros e de 40% dos latinos.
A explicação para isso não faria sentido: tais segmentos da sociedade americana, embora sejam vítimas de supostas políticas racistas, votariam em Trump porque ele seria “moderado”. Mesmo reconhecendo que seu governo teria sido “caótico”.
Me perdoem a possível ignorância, mas essa é uma explicação que não explica nada. Trump seria moderado? Onde? Quando? Como seria possível ser “moderado” e “caótico”, simultaneamente?
Outra pesquisa, essa realizada em Minas recentemente, pelo instituto Data Tempo, registrou que mais de 60% do eleitorado mineiro aprova o governo Zema.
Entretanto, 80%, desse mesmo eleitorado, não saberia apontar uma única realização de Zema, em cinco anos de governo. Lembram-se, apenas, que nas redes sociais ele lava pratos, chupa mangas e assa pão de queijo.
Se for esse o critério, algum candidato a governador que, nas redes sociais, se mostrar capaz de fazer uma feijoada completa, assobiando a melodia de “Oh, Minas Gerais”, acompanhada de torresmo de barriga e, de sobremesa, apresentar um docinho de abóbora, poderá ir aos céus.
Poderia ser eleito, até mesmo, uma espécie de “papa” dos mineiros. Essa explicação faz algum sentido? Provavelmente não. Mas as outras avaliações disponíveis são bem piores. E em nada dignificam o eleitorado mineiro.