Ordem do Dia 08/12/23

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Uma “guerra de pesquisas” foi declarada. Enquanto pesquisas da Genial/Quaest e do Instituto Atlas divulgavam más notícias para o governo Lula, o DataFolha e o IPEC divergiam. Não estaria tão mal assim.

Há diferenças substanciais nos números. Entretanto, à exceção do DataFolha, os demais institutos de pesquisa apontam a mesma tendência: a rejeição a Lula aumentou visivelmente. E numa proporção semelhante, segundo três, dos quatro institutos citados. Dado significativo. Em quem acreditar?

De certa maneira, a maioria diverge do DataFolha no essencial: dizendo que a fórmula política do atual governo não está mobilizando, pelo menos, metade do eleitorado. Logo, o papo da “união nacional” só convenceu os eleitores de Lula.

Enquanto isso, a discussão da dívida mineira, de quase 170 bilhões frente à União, adquiriu dimensão nacional. O ministro da economia, Fernando Haddad, decidiu “puxar a orelha” de Zema. Publicamente.

Não disse nenhuma novidade. Nada que já não houvesse sido publicado, nesta coluna ou em outras, há meses. Entretanto, disse o que Zema não queria ouvir. Especialmente de seu maior credor.

Basicamente, que o governo Zema é mentiroso, despreparado, só fez crescer a dívida do Estado e se dedica a agredir e insultar, os que se dispõe a contribuir para solucionar o problema.

No caso, ele próprio e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Zema atrapalha o Estado. E piora a situação, segundo o ministro.

Surpreendentemente, Aécio Neves saiu em defesa de Zema – mas apresentou sua própria proposta para solucionar a dívida. Mais um na área.

Definitivamente, após cinco anos mentindo, sem governar de fato, a Zema só resta perder o protagonismo. Ninguém respeita mais o governador.

Até os deputados da oposição tiraram casquinha, barbarizando o governo em Plenário. Promovendo a humilhação do governador. Nesse ritmo, o café frio, servido aos dirigentes de saída, no último ano de governo, virá bem mais cedo para Zema.