Ordem do Dia 07/12/23
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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.
A classificação do Brasil no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), revela o que poderia ser considerada a maior tragédia brasileira, pois compromete o futuro do país. Em que pese as inconvincentes glórias passadas e nosso presente conturbado.
Os estudantes avaliados, regularmente matriculados, na faixa etária dos 15 anos, ficaram entre os piores do mundo: 64a. colocação. Atrás de alguns vizinhos, menos afortunados economicamente, tais como Chile, Uruguai, México e Costa Rica.
Os cinco primeiros colocados são asiáticos. Seria a primeira vez que isso acontece. Mas haveria alguns dados intervenientes, dignos de nota: mais da metade dos estudantes brasileiros demonstraram déficit cognitivo, em operações matemáticas básicas, tipo soma, subtração, etc.
Considerando nosso analfabetismo funcional, que supera os 70% da população, e nosso QI médio, que indica deficiência mental em cerca da metade da população brasileira, a situação dispensa comentários.
Haveria outras curiosidades: ficamos melhor classificados que a Argentina. Cuja Capital possui mais livrarias que todo o Brasil. Nesse ritmo, logo venderão somente livros para colorir.
Entretanto, um alento: os alunos matriculados nas melhores escolas brasileiras, tiveram desempenho próximo dos alunos melhor classificados no mundo.
Novamente, a síndrome da Belíndia, sabiamente apontada por Edmar Bacha. Donde conclui-se: nosso problema não está no DNA brasileiro, mas no sistema de ensino tupiniquim.
Não que isso resolva alguma coisa. Apenas confirma o que se sabe há décadas. E nos estimula a exercitar algum adágio popular. Tipo: o pior cego é aquele que não quer ver. E la nave va…